Professora é presa por entregar drogas e bilhetes em Penitenciária de Ribeirão Preto
Por cada "pacote" entregue, ela recebia R$ 1 mil

Professora é presa por entregar drogas e bilhetes em Penitenciária de Ribeirão Preto

Acusada entrava com os entorpecentes e passava para os presos do local

A Polícia Civil de Ribeirão Preto, por meio da Delegacia de Investigações Gerais sobre Entorpecentes (Dise), prendeu uma professora acusada de entregar drogas e bilhetes para presidiários da Penitenciária Masculina de Ribeirão Preto, localizada na Rodovia Abrão Assed.

Segundo a polícia, a funcionária pública F. F. S., de 39 anos, que ministrava aulas no local há algum tempo, confessou os crimes. A prisão ocorreu na manhã desta quarta-feira, 21, em flagrante. 

De acordo com o delegado Diógenes Santiago Netto, a acusada levava maconha, cocaína e outras drogas, além de cartas e estimulantes sexuais, para os detentos. “Iniciamos uma investigação e, por meio de um interno, descobrimos que a mulher entraria, mais uma vez, com os entorpecentes”.

Na prisão, a Polícia Civil encontrou cerca de 100 gramas de cocaína no tênis de F. F. S., que escondia em uma espécie de palmilha. Na bolsa, também havia estimulantes sexuais e bilhetes. Além disso, no carro da professora tinha um celular embalado com fita isolante que, segundo os policiais, seria levado para a prisão.

“Ela recebia cerca de R$ 1 mil por cada pacote de drogas entregue na cadeia. O fato foi comprovado em extratos bancários. Ela foi presa em flagrante e será julgada por tráfico de drogas, associação ao tráfico e entrega de celulares a presos. Ela poderá ser detida de cinco a 15 anos, mas o prazo pode aumentar, pois há um artigo que diz que crime no desempenho de educação praticados em dependências criminais pode acrescer a pena de 1/6 para 2/3”, afirma o delegado.
Diversos produtos ilícitos foram apreendidos pela Polícia Civil
A Polícia Civil também visitou o apartamento da mulher, no bairro Jardim Manoel Penna, na Zona Oeste de Ribeirão Preto. No local, havia mais sete porções de maconha.

“As investigações continuarão para identificarmos a participação de um funcionário que estaria facilitando a entrada da professora com as droga. Ela já falou dele, mas ainda estamos apurando. Não é a primeira vez que ela faz isso. A entrega era realizada no pavilhão de aulas. Ela deixava os entorpecentes e os presos pegavam. As cartas eram de familiares. A princípio, são apenas recados”, diz Netto.

Agora, a polícia apura se F. F. S. estaria ligada a facções criminosas. A professora não possuía passagens pela polícia. Formada em outros cursos, ela também estava estudando Direito.

Netto esteve no comando da operação e prisão da professora


Fotos: Pedro Gomes e Polícia Civil

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