Quatro pessoas são condenadas por assalto à Prosegur, em Ribeirão Preto
Assalto, que ocorreu em 5 de julho de 2016, terminou com o roubo de R$ 50 milhões

Quatro pessoas são condenadas por assalto à Prosegur, em Ribeirão Preto

Soma das condenações dos réus chega a 481 anos; no entanto, um dos condenados permanece foragido

A 2ª Vara Criminal de Ribeirão Preto sentenciou quatro homens envolvidos no mega-assalto da transportadora de valores Prosegur, em Ribeirão Preto, no ano de 2016. Somadas, as sentenças somam 481 anos. Na ocasião, foram roubados mais de R$ 50 milhões e duas pessoas morreram na ação dos ladrões.

Leia mais:
Um ano após mega-assalto, moradores convivem com medo e insegurança
Polícia Civil prende dois suspeitos de participar de assalto à Prosegur
Polícia Civil prende suspeito de passar informações para mega-assalto
Mega-assalto na Prosegur: código de barras ajudou polícia a encontrar assaltante

A sentença do juiz Sylvio Ribeiro de Souza Neto considerou culpados quatro acusados de participarem da ação. As condenações foram por cinco crimes de latrocínio (que é o roubo seguido de morte da vítima), quatro tentativas de assassinato, incêndio com morte, receptação de um colete à prova de balas, furtado durante um assalto a banco, e pela posse de fuzil, munição e dinamite, apreendidos dias depois, em cofre de um veículo utilizado pelos assaltantes. Outras quatro pessoas foram denunciadas por participar do crime, mas ainda não houve condenação.

Dois homens identificados como lideranças do grupo foram condenados a 121 anos de pena cada. Outro suspeito, que está foragido desde então, e identificado como financiador do grupo, foi sentenciado a 123 anos de prisão. Já o funcionário da empresa, apontado com informante da quadrilha, foi condenado a 116 anos de pena. Em razão da morte do policial militar rodoviário Tarcísio Wilker Gomes, os criminosos receberam a pena máxima de 30 anos.

O réu condenado foragido é o empresário Diego Capistrano, procurado pela Polícia Civil. O advogado de defesa de Diego Capistrano, Thiago Lacerda Pereira, informou que ainda não pode comentar a respeito da condenação, em razão de ela estar em sigilo e não ter sido publicada no Diário Eletrônico da Justiça. No entanto, Lacerda disse que deve recorrer da sentença.

Apesar da condenação, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo informa que recorreu da sentença, em relação à absorção de alguns crimes e à aplicação das penas dos delitos de posse de armas militares e explosivos encontrados em um veículo, dias após o assalto.

Valores

A Polícia Civil estima que mais de R$ 50 milhões tenham sido roubados durante o assalto, que ocorreu no dia 5 de julho de 2016. Semanas após o crime, ainda em julho daquele ano, três pessoas foram presas, sendo que duas estavam em um resort em Caldas Novas, no interior de Goiás.

Leia mais:
Câmara de Ribeirão Preto vota proposta para revogação de licença de empresas de valores
Associação diz que empresas de transporte de valor podem deixar Ribeirão Preto

Os detidos portavam a quantia de, aproximadamente, R$ 200 mil, que foram restituídos à Prosegur. Veículos utilizados no assalto, que foram abandonados em cidades da região de Ribeirão Preto, e que eram frutos de roubo ou estavam em nomes de laranjas, também foram devolvidos aos proprietários.

Notícia atualizada às 13h de 11 de dezembro de 2018 para atualização de informação.


Foto: Pedro Gomes

Compartilhar: