Rachaduras na Catedral aumentam e padre solicita prazo para novo laudo

Rachaduras na Catedral aumentam e padre solicita prazo para novo laudo

Condephaat acatou pedido de padre Chico e deu prazo de 90 dias para que igreja encaminhe novo laudo

O pároco Francisco Jaber Moussa, padre Chico, responsável pela Catedral Metropolitana de São Sebastião, afirma que as rachaduras no fundo da igreja – no lado da rua Lafaiete – aumentaram desde o último laudo solicitado pela paróquia em 2013 e feito pela empresa Falcão Bauer.

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Orientado pela Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP), padre Chico solicitou ao Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), prazo para que um novo laudo seja feito e apresentado pela igreja.

O pedido foi feito durante reunião no dia 14 de setembro, em São Paulo, e o Condephaat acatou, dando prazo de 90 dias para que a igreja entregue o laudo, segundo o padre, ainda mais detalhado.

As rachaduras relatadas por padre Chico já haviam sido evidenciadas no laudo feito em 2013. Naquela época, para evitar que as rachaduras aumentassem, o sistema de irrigação precisou ser desligado. “Neste período , passamos por um longo período de estiagem, depois voltou a chover e tivemos ainda o aumento do fluxo de veículos na Lafaiete”, argumenta sobre as rachaduras.

A arquidiocese já solicitou o orçamento a três empresas, dentre elas o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ligado a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo. “Será feito um estudo de todo o entorno da Catedral. O novo laudo fará um monitoramento de recalque [para acompanhar a evolução das rachaduras], de vibração e de sondagem de solo. Já que a prefeitura não faz, nós faremos”, afirma o pároco.

O engenheiro Cantidio Maganini, secretário executivo do Fórum das Entidades de Ribeirão Preto (Ferp), que acompanhou padre Chico durante reunião no Condephaat, explica que o prazo foi solicitado ao Condephaat para contrapor o laudo apresentado pela prefeitura em maio. “É um laudo inconsistente, nossa intenção é comprovar que o projeto de estação apresenta risco à Catedral”, diz Maganini.

Em nota, a assessoria de imprensa do órgão estadual informa que já analisou o laudo encaminhado pela prefeitura, mas que aguarda o novo laudo que será encaminhado nos próximos três meses.

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Bruno Silva
Foto: Arquivo

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