Recuperação da mata Santa Tereza deve demorar

Recuperação da mata Santa Tereza deve demorar

Em reunião realizada nesta segunda-feira, diretor da Fundação Florestal não deu previsão de início do plano de trabalho

O início da recuperação da Estação Ecológica de Ribeirão Preto, a mata de Santa Tereza, demorará mais tempo que o previsto. A mata foi atingida por dois incêndios no ano passado que destruíram cerca de 75 hectares de mata. Inicialmente, a previsão era que o trabalho começasse em novembro deste ano, mas não há mais essa garantia e nem uma previsão.

Após reunião realizada nesta segunda-feira, dia 14, em Ribeirão Preto, o diretor da Fundação Florestal, Edson Montilla de Oliveira, disse que o início do trabalho depende ainda de várias reuniões e da autorização da Cetesb.

O trabalho de recuperação deverá ser feito por uma ou mais empresas que possuem passivo ambiental junto à Cetesb, por terem desmatado áreas. São empresas que precisam recuperar áreas e, por isso apresentam os projetos.

A recuperação então será feito por meio do Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental (TCRA). As empresas participaram da reunião, mas o representante da Fundação Florestal não quis informar nem quantas eram as participantes do encontro.

“São grandes empresas que precisam recuperar áreas”, disse Edson Montilla. Ele também explicou que serão recuperados pelo menos 90 hectares, já que havia uma parte da mata já degradada, necessitando de recuperação. “Mas ainda dependemos de várias reuniões e de aprovação da Cetesb”, afirmou.

Edson Montilla ainda assegurou que algumas medidas de proteção à estação ecológica foram tomadas, como a vigilância, fiscalização e manutenção de aceros, para se evitar novos incêndios.

Sem imprensa

Um dos participantes da reunião, representando a Cetesb, quis impedir o trabalho da imprensa na reunião, sugerindo inclusive que um novo encontro fosse feito sem a participação de jornalistas. O fato desagradou ao próprio coordenador da reunião, Edson Montilla, que chegou a pedir desculpas aos repórteres que estavam no local.

O vereador Bertinho Scandiuzzi (PSDB), que preside na Câmara uma Comissão Especial de Estudos (CEE) para acompanhar o trabalho também não gostou da intervenção contra a imprensa. “A imprensa é órgão de competência, de respeito. Não concordo com uma nova reunião isolada da imprensa, secreta”, disse o vereador.

Ele também comentou ter saído da reunião desanimado com a possível demora, uma vez que os incêndios aconteceram há cerca de um ano e ainda não se tem o plano de trabalho. “Saio daqui desanimado porque acho que não terá início neste ano. Ainda vamos pedir mais agilidade, mas eu esperava que estivesse mais adiantado”, comentou.

Revide On-line
Guto Silveira
Fotos: Divulgação e Arquivo Revide

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