Ribeirão Mobilidade inicia nesta semana as duas obras restantes de corredores de ônibus
Nesta terça, começam as obras na Nove de Julho; na quarta, será a vez do corredor de ônibus Costábile Romano/Presidente Kennedy

Ribeirão Mobilidade inicia nesta semana as duas obras restantes de corredores de ônibus

Serviço será feito por trechos para evitar transtornos ao comércio da região

A prefeitura de Ribeirão Preto inicia nesta semana duas grandes obras do programa Ribeirão Mobilidade: a restauração e construção do corredor de ônibus da avenida Nove de Julho, entre a Independência e a Tibiriça, e a obra de construção do corredor da Costábile, que começa na Nove de Julho, na parte não tombada da avenida, entre a Independência e a Portugal, seguindo pela Costábile Romano em toda a sua extensão e depois pela Presidente Kennedy até a Lagoinha.

 

O canteiro de obras já está montado neste trecho da Nove de Julho, onde não há árvores. Entre 20 de junho e 22 de setembro, será interditado apenas o trecho entre as ruas Marcondes Salgado e Garibaldi, onde as obras se concentrarão neste período.

 

Os serviços serão feitos por trechos, sempre a cada dois quarteirões, para evitar transtornos ao comércio e usuários da região. Portanto, depois de pronto este trecho, ele será liberado e a obra vai interditar os próximos dois quarteirões, da Garibaldi até a Marechal Deodoro, e assim por diante.

 

"Depois, já na quarta-feira, 21, daremos início ao 11º eixo do corredor, esse será o último, totalizando 56 km de corredores em nossa cidade", avisou o prefeito Duarte Nogueira, referindo-se ao corredor da Costábile.

 

As duas obras a serem iniciadas nesta semana correspondem aos últimos corredores de ônibus do programa Ribeirão Mobilidade. Seis já estão prontos e outros três estão em construção.

 

Nove de Julho

 

Tombada pelos órgãos de defesa e preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade e do Estado, a avenida mais popular de Ribeirão Preto, a Nove de Julho, faz parte do Quadrilátero Central, porém sua restauração e a construção do corredor de ônibus de 1 km e 60 metros tiveram licitação exclusiva e serão feitas por empresa especializada, preservando suas características arquitetônicas tombadas: os paralelepípedos, instalados desde a sua inauguração, há 100 anos, as pedras portuguesas que formam os mosaicos do canteiro central e as sibipirunas, que já contam mais de 70 anos.

 

A obra será feita simultaneamente por três equipes da Construtora Metropolitana, que venceu a concorrência pública aberta pela prefeitura.
 

A primeira frente de trabalho vai se concentrar na restauração da avenida e na construção de um corredor exclusivo para ônibus em toda a extensão da Nove de Julho. Outra equipe vai construir uma galeria de águas pluviais na rua Marcondes Salgado, enquanto a terceira turma vai fazer uma galeria idêntica na rua São José.

 

Com 1 km e 370 metros cada, as duas galerias vão solucionar o alagamento da região central, levando subterraneamente, até o córrego Retiro Saudoso, toda a água da chuva que hoje desce da Nove de Julho e alaga o centro.

 

No caso dos paralelepípedos, todos serão retirados e recolocados de forma totalmente alinhada.

 

Depois de retirados, será feita uma compactação de terra no subleito. Em seguida, o piso receberá uma camada de brita e, sobre ela, outra camada de 12 cm de concreto armado. Depois desta, o solo ainda receberá um berço de areia compactado e, somente após esta etapa, será feita a recolocação dos paralelepípedos, que ficarão totalmente nivelados, sem risco de ocorrerem novamente os desníveis atuais que há décadas incomodam motoristas e usuários de ônibus.

 

As pedras portuguesas que formam os mosaicos do canteiro central também serão preservadas: retiradas e recolocadas na mesma ordem, para não alterar a configuração do desenho formado pelas pedras pretas e brancas intercaladas. Depois de reinstalados, não haverá mais os atuais buracos nem os desníveis causados pelas raízes das árvores, no calçamento.

 

Também tombadas, as árvores sibipirunas que já somam mais de 70 anos de existência serão todas preservadas.

 

Nas esquinas centrais, os canteiros serão ampliados até o alinhamento com as ruas – hoje, eles são mais largos, formando uma área de retorno bem maior que a largura das ruas que cortam a avenida.

 

Com isso, os canteiros ganharão uma área extra, em cada esquina, permitindo que a construção das rampas para acesso de pessoas com deficiência seja feita bem longe das raízes das árvores.


Fernando Gonzaga

Compartilhar: