Ribeirão Preto cai uma posição no ranking das cidades mais inteligentes do País
Levantamento leva em consideração 11 fatores para a formação do ranking

Ribeirão Preto cai uma posição no ranking das cidades mais inteligentes do País

Desde 2016, o município não consegue evoluir no levantamento realizado pela consultoria Urban Systems

Ribeirão Preto é a 23ª cidade mais inteligente e conectada do Brasil. As informações são do ranking Connected Smart Cities, realizado pela consultoria Urban Systems. O levantamento leva em consideração 11 fatores para o ranqueamento: mobilidade urbana, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, educação, saúde, segurança, empreendedorismo, economia e governança.

Por haver diversos conceitos do que é uma cidade inteligente, a lista leva em consideração a conectividade entre os diferentes setores de um município. O levantamento entende que o desenvolvimento só é atingido quando os agentes da cidade compreendem o poder de conexão entre todos os setores.

Exemplo disso é a consciência de que investimentos em saneamento estão atrelados não apenas aos ganhos ambientais, como aos de saúde, que irão, a longo prazo, reduzir os investimentos na área e consequentemente impactarão em questões de governança e até mesmo na economia.

Apesar de o resultado colocar Ribeirão Preto entre as melhores cidades do País, os números chamam a atenção porque, desde 2016, a cidade não para de cair no ranking. Há dois anos, o município ocupava a posição de número 19, passou para a 22ª em 2017 e agora está em 23º lugar. O topo do ranking ficou com a cidade de Curitiba, no Paraná, que tomou o lugar de São Paulo, que agora ocupa a 2ª posição.

Analisando os indicadores de forma isolada, é possível observar que Ribeirão caiu uma posição no ranking de Urbanismo, de 8º para 9º, e em Tecnologia e Informação, que passou do 36º lugar para o 40º. A cidade não aparece nem entre as 50 melhores nos campos da Saúde, Segurança, Educação e Governança. Por outro lado, melhorou em Economia, saltando da 31ª posição para a 23ª.

Para o CEO do Sevna, uma empresa que funciona como aceleradora de startups dentro do Supera Parque, João Paulo Geroldo, Ribeirão Preto abriga um ecossistema empreendedor em evolução, o que faz com que a cidade ainda não consiga deslanchar no segmento de inovação.

“Temos mão de obra qualificada formada aqui e na região e também profissionais atraídos pela qualidade de vida que a cidade oferece, entretanto, ainda temos uma baixa densidade de empreendimentos", comenta Geroldo.

No último ciclo de aceleração, 72% das empresas que o Sevna investiu recursos eram de fora de Ribeirão Preto. Geroldo explica que o município e o Estado têm uma parceria muito eficiente no Supera Parque, promovendo um ambiente propício para a inovação. Porém, isso não é suficiente.

“Precisamos de uma política municipal para inovação, que fomente a criação de novos negócios. Também precisamos melhorar e facilitar o ambiente de negócios, reduzindo o tempo para abertura de empresas, por exemplo. Outra iniciativa que o poder público pode ter é se aproximar das empresas inovadoras que podem ser excelentes parceiras e provedoras de soluções para os diversos desafios da gestão pública e da prestação de serviços para os cidadãos", conclui o especialista.

O Portal Revide tentou entrar em contato com a Prefeitura de Ribeirão Preto sobre o ranking, mas, até o fechamento dessa matéria, não obteve resposta.


Foto: FL Piton - Prefeitura de Ribeirão Preto

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