Ribeirão Preto é o sexto município mais eficiente entre as grandes cidades
Ribeirão Preto é o sexto município mais eficiente entre as grandes cidades

Ribeirão Preto é o sexto município mais eficiente entre as grandes cidades

Ranking de Eficiência dos Municípios (REM-F), da Folha de S.Paulo, aponta que gestão de recursos públicos em Ribeirão é “eficiente”

Ribeirão Preto é o 627º município mais eficiente do Brasil. Isso é o que aponta o Ranking de Eficiência dos Municípios (REM-F), publicado no último fim de semana, pelo jornal Folha de S.Paulo. O resultado que parece não ser relevante é significativo, já que a cidade é a que recebeu a sexta melhor nota entre aquelas que possuem mais de 500 mil moradores – a segunda no Estado de São Paulo.

O REM-F foi concebido pela Folha para saber como a administração dos municípios está gastando dinheiro nas áreas de competência exclusivas dos prefeitos, como educação infantil – o índice leva em consideração matrículas de crianças de 0 a 3 anos em creches e 4 e 5 em escolas -, saúde – cobertura básica de saúde e número de médicos per capita -, e saneamento – cobertura da rede de água e esgoto, além da coleta de lixo.

E o resultado mostra “quem entrega mais saúde, educação e saneamento, gastando menos dinheiro público”. “O mínimo que o município precisa fazer para cumprir com suas obrigações”, apontam os autores do ranking, os jornalistas Fernando Canzian e Marcelo Soares.

Ribeirão Preto alcançou a pontuação 0,530 – em avaliação que vai de 0 a 1 -, considerado um município com gestão de recursos “eficiente”. Saneamento foi o principal trunfo de Ribeirão, com pontuação de 0,986 – a média nacional é de 0,567 – isso, em detrimento da cobertura da rede de distribuição de água, que é de 100% no município, e mais de 98% no recolhimento de esgoto.

Outro índice em que o município se destaca é o da educação, em que recebeu a pontuação de 0,737 – a média nacional é de 0,509 -, em razão do atendimento de 42% das crianças em creches, e matrícula de 90% das crianças de 4 a 5 anos em escolas públicas de ensino infantil.

Em compensação, saúde é o calcanhar de Aquiles de Ribeirão, pois recebeu nota de 0,357 – a média é de 0,500 -, por ter menos de um médico para cada mil moradores (0,9 por mil) e ter cobertura de 60% na Atenção Básica de Saúde, que, de acordo com o Ministério da Saúde, se caracteriza por um conjunto de ações de saúde que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde pública.

A capital da Paraíba, João Pessoa, que se destacou entre os municípios com mais de 500 mil habitantes justamente pelo atendimento na saúde, como nota 0,520 - lá tem cobertura por equipes de atenção básica equivalente a 82% e 1,6 médico para cada mil moradores.

No ranking, o município com o REM-F mais elevado é Cachoeira da Prata (MG), município de 3,6 mil habitantes, com índice de 0,656. Entretanto, as 341 primeiras posições são ocupadas por municípios pequenos e médios com até 500 mil moradores.

Entre as cidades maiores, acima desta quantidade, a primeira é João Pessoa, na 342ª posição, com REM-F de 0,550, seguido por Aracaju (SE), na 349º colocação, com índice de 0,549, depois vem mais uma capital, Belo Horizonte (MG), na posição 439, com 0,542 ponto, seguido de Campinas, com 0,540, na posição 470, e o quinto município mais eficiente entre as grandes cidades é São Gonçalo (RJ), com 0,531 de índice, o 623º colocado.

Na região de Ribeirão Preto, os destaques são Cajuru, com índice de 0,602, na 33ª colocação geral, Dumont, com índice de 0,589, na 74ª posição, seguido de Pradópolis (102º) e Brodowski (109º), com o REM-F de 0,581 e 0,580, respectivamente.

A cidade mais importante do País, São Paulo, recebeu 0,499 ponto no REM-F, aparecendo na 1330º posição, e foi definida como município de “alguma eficiência”. Placas, no Pará, foi considerado o município mais “ineficiente” em todo o Brasil, com o índice apontando 0,108.


Foto: Bruno Silva

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