Ribeirão Preto gastou R$ 26 milhões com a contratação de temporários em 2017
Maior parte dos profissionais foi para cobrir afastamento de professores e os médicos para vagas não preenchidas

Ribeirão Preto gastou R$ 26 milhões com a contratação de temporários em 2017

Os 324 trabalhadores foram suprir demanda na Educação e na Saúde do município

A Prefeitura de Ribeirão Preto gastou R$ 26,9 milhões com a contratação de temporários no ano de 2017, conforme a Execução Orçamentária do Município e dados obtidos pelo Portal Revide por meio da Lei de Acesso à Informação. Os temporários foram alocados para as funções de professores e médicos e, de acordo com a prefeitura, as admissões foram necessárias para suprir os efetivos.

A prefeitura contratou profissionais temporários para exercerem as funções de PEB I (93 profissionais), PEB II (136), PEB III (91) e Médico (quatro profissionais) – ao todo, foram 324 contratados. 

De acordo com a chefe da divisão de Seleção da Prefeitura de Ribeirão Preto, Cíntia Perez de Andrade, o motivo da contratação de professores em caráter temporário é suprir o profissional efetivo que está de licença prêmio, licença saúde, licença sem vencimentos, falta abonada, readaptação temporária e outros tipos de afastamentos.

Já a contratação de médicos é em razão de haver vagas existentes, que não foram preenchidas pelos candidatos classificados em concursos públicos.

No ano de 2017, os temporários custaram R$ 26,7 milhões, valor pouco maior do que em 2016, quando o município gastou R$ 23,3 milhões – R$ 4,7 milhões apenas em dezembro, após a deflagração da Sevandija, quando foi encerrado o contrato de terceirização junto a Atmosphera. Em 2015, foram R$ 17,1 milhões, em 2014 os contratados custaram R$ 25,7 milhões e, em 2013, a marca atingiu R$ 32,2 milhões.

O Sindicato dos Servidores Municipais acredita que a medida pode gerar ainda mais custos para a cidade. Segundo o vice-presidente do Sindicato, Alexandre Pastova, a prática implica na contratação de profissionais que não possam render tanto quanto os efetivos.

“O contrato temporário ou terceirizado acaba gerando mais custo para a administração. Porque a jornada dele se torna mais exaustiva. As pessoas nunca têm vínculo e amanhã ou depois podem ser jogadas para escanteio. Nós somos contrários a qualquer tipo de contratação que não seja por meio de concurso público. A prefeitura paga duas vezes”, declarou Pastova.


Foto: Diogo Moreira | A2img

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