Ribeirão Preto já contabilizou 9 morcegos com o vírus da raiva em 2018
Recomendação de especialista e da Secretaria Municipal da Saúde é de que pessoas não mexam em animais encontrados caídos no chão
Moradores de prédios residenciais da região do Jardim Paulista, na Zona Leste de Ribeirão Preto, encontraram um comunicado na área de serviço dos edifícios informando sobre casos identificados de morcegos infectados com o vírus da raiva. A orientação da divisão de Vigilância Ambiental em Saúde é de que as pessoas tenham cuidado e não entrem em contato com o animal.
Este é o 9º caso identificado de um morcego contaminado com o vírus da raiva no município no ano de 2018. O total já representa a metade do número registrado em todos os 12 meses de 2017. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o caso está sendo analisado e a situação não é para alarme. Isso porque, na última campanha de vacinação antirrábica em cães e gatos no município, foram vacinados 57 mil animais - número acima da meta estipulada pela Secretaria Estadual de Saúde, que é de 54 mil bichos vacinados em Ribeirão Preto.
O biólogo da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da Universidade de São Paulo Hertz Figueiredo dos Santos explica que o problema em situações como essas é de que não se sabe de onde vem o vírus que infectou o morcego. O biólogo conta que a preocupação deve ocorrer quando o animal estiver caído no chão e, caso esteja voando, é sinal de que ele está saudável.
“O melhor cuidado para se tomar quando avistar um morcego no chão é: não mexa. Avise o departamento responsável para que faça o recolhimento do animal. O problema ocorre quando o animal está no chão. Se ele está voando, é sinal de que está saudável. No chão, existe algum problema e, por isso, o recomendável é não entrar em contato”, explica Santos.
Já a Secretaria da Saúde faz a mesma recomendação e informa que, caso alguma pessoa encontre algum morcego caído no chão – morto ou vivo –, o ideal é, além de não tocá-lo, cobrir o bicho com um balde ou uma caixa até a chegada dos vigilantes. O telefone para contato é (16) 3628-2015.
Foto: USP/Divulgação
