Ribeirão Preto tem apenas 34 "marronzinhos" para 505 mil veículos
Baixo número de agentes de fiscalização de trânsito faz funcionários se dividirem entre Área Azul e outras atividades
Em Ribeirão Preto, cada agente de trânsito cuida de aproximadamente 14,8 mil veículos, número quase três vezes maior do que a demanda de trabalho de agentes de trânsito em São Paulo, onde cada marronzinho é responsável por 4,4 mil automotores diariamente. Por aqui, os agentes têm de se dividir entre Área Azul e organização do tráfego no município.
De acordo com a Transerp, a autarquia conta com apenas 34 agentes, divididos nos períodos da manhã, tarde e noite. Porém, a frota de veículos em Ribeirão Preto já chega a 505,9 mil veículos, de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em seu último levantamento, realizado em junho.
Essa defasagem pode acarretar na falta de efetividade de Área Azul. No último fim de semana, a reportagem esteve na Avenida da Saudade e, questionando lojistas a respeito das inspeções dos agentes nas vagas do estacionamento rotativo, a resposta foi que a fiscalização é “rara”, e que houve apenas uma movimentação na região no início de junho, quando voltou a ser realizada.
A Transerp afirma que as fiscalizações das 1.433 vagas da Área Azul no município podem se compartilhadas com outras atuações de caráter prioritário e, portanto, por agentes civis de trânsito que estiverem disponíveis para essa atuação, “bem como por policias militares designados, quando possível”, informou a empresa em nota.
Quase 700 multas
Segundo a Transerp, em maio, quando a Área Azul voltou a funcionar, como parte da campanha educativa e informativa, antes do início da aplicação das multas, foram lavradas 299 notificações por desrespeito à sinalização de regulamentação. Já em junho, primeiro mês de fiscalização efetiva, foram registradas 682 autuações.
Ainda de acordo com a autarquia, a venda de cartões de uso obrigatório para o estacionamento rotativo arrecadou, em maio, R$ 66.114,00, sendo repassados R$ 6.611,40 aos comerciantes que venderam os cartões.
Foto: Arquivo Revide
