Ribeirão Preto tem dia mais quente do ano, com 39°C
Baixa umidade do ar também atingiu nível extremo e cidade chegou a estado de alerta
Ribeirão Preto registrou na tarde desta quinta-feira, 15, a maior temperatura do ano, com 39° C. De acordo com a meteorologista Fabiene Casamento, do Somar Meteorologia, essa temperatura foi alcançada entre as 12h e as15h e a umidade do ar alcançou os 12,4%. “A temperatura do ar bateu os últimos recordes dos dias 19 de Janeiro, 24 de setembro e 14 de outubro, com 38,0°C”, afirma Fabiene.
A meteorologista comenta que a umidade do ar não sofreu um recorde, pois o menor registro do ano ocorreu no dia 20 de setembro, com 11,9% e, nesta quinta, ela permaneceu nos 12%. “Vale lembrar que os estudos da Unicamp junto com a Defesa Civil alegam que a umidade abaixo dos 30% é inadequada para a saúde humana, ou seja, os índices de umidade do ar entre 21 e 30% se enquadram em um Estado de Atenção pela própria Defesa Civil, entre 12 e 20% em Estado de Alerta e abaixo dos 12% Estado de Emergência”, afirma Fabiene.
Fabiene ressalta que é preciso ter atenção em horários com esses tipos de situações. Para isso, são necessários vários cuidados com o corpo, como a necessidade de se hidratar e evitar exercícios físicos ao ar livre.
De acordo com a meteorologista, estamos no ano de El Niño, que contribui com as elevadas temperaturas do ar sobre a região sudeste do Brasil. Além disso, estamos com o tempo mais seco e com a ausência de nuvens. “Esses elevados valores de temperaturas ajudam a diminuir a umidade do ar e prejudicam a hidratação e respiração da população”, destaca.
Fabiene afirma que a tendência é de que as temperaturas continuem altas nos próximos dias, variando entre 39 e 41°C. “Apesar da passagem da frente fria no Estado de São Paulo no final de semana, que provocará chuva de forma de pancadas rápidas sobre toda a faixa sul e sudeste do Estado, ela não vai ter força o suficiente para causar chuvas em Ribeirão Preto, provocando apenas o aumento de nebulosidade”, concluí.
Umidade do Ar
Segundo o Centro Integrado de Informações Agrometeorológias, o índice de umidade nesta tarde de quinta-feira,15, apontava, às 12h20, 13,6 %. Já às 13h20, a taxa chegou a 13,2%, caindo para 12,6% às 14h20 e 12,4% às 15h20.
A médica especialista em pneumologia, Giselle Consonni, afirma que durante esse período seco e sem chuvas são comuns às famosas viroses,
De acordo com a médica especialista em pneumologia, Giselle Consonni, durante este período seco, sem chuvas são comuns às famosas viroses, quadros de rinites, sinusites, laringites, faringites e pneumonias. Além do agravamento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e dos quadros de asma brônquica.
Giselle explica que para minimizar o desenvolvimento dessas doenças, é essencial preservar a mucosa respiratória, com a umidificação e purificação do ar respirado, e o consumo de água deve ser estimulado com maior intensidade durante esse tempo.
Para os que trabalham expostos ao sol é preciso reforçar a ingestão de líquidos, pois a exposição solar durante o tempo seco promove perda de água pela respiração e pele causando a desidratação.
“Vale lembrar que a exposição solar sem proteção leva a queimadura da pele com aparecimento de lesões. Por isso, deve ser utilizada a proteção da pele com roupas leves e protetores solares,” comenta Giselle.
Revide On-line
Gabriela Maulim
Fotos: Arquivo Revide
