Educação, Polícia Militar, Diretoria Regional de Ensino e Guarda Civil Metropolitana se reuniram

Educação, Polícia Militar, Diretoria Regional de Ensino e Guarda Civil Metropolitana se reuniram

Encontro teve como objetivo alinhar ações de segurança para as unidades escolares de Ribeirão Preto

Nesta quinta-feira, dia 13 abril, o secretário municipal da Educação, Felipe Elias Miguel, acompanhado do comandante da Guarda Civil Metropolitana, Domingos Fortuna, participou de uma reunião juntamente com a dirigente da Diretoria Regional de Ensino, Marcela Aleixo. O encontro foi conduzido pelo major Paulo Roberto Nucci Júnior, com a participação do Comando de Policiamento do Interior 3 (CPI 3), e outros comandantes de área, com o objetivo de alinhar ações de segurança nas unidades escolares de Ribeirão Preto.

 

“Vamos trabalhar todos juntos, famílias, funcionários das escolas, professores e policiamento, sempre pensando no coletivo e na propagação da paz. Tanto a PM quanto a GCM já estão intensificando as rondas nas escolas da cidade, com fácil acesso a todas as unidades. Também será criado um canal de comunicação entre a Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana, Diretoria Regional de Ensino e Secretaria da Educação para ações mais rápidas”, explicou Miguel.

 

De acordo com a Secretaria da Educação de Ribeirão Preto, nenhuma ameaça foi registrada nas unidades da rede municipal. A pasta ressalta, no entanto, que a Prefeitura já começou um reforço no que diz respeito à segurança nas escolas da rede municipal. Em parceria com a Guarda Civil Metropolitana, as rondas foram intensificadas desde segunda-feira, dia 10 de abril.

 

Para o pedagogo e professor Aruan Henri, as escolas possuem o dever diário de conversar e conscientizar os alunos de seus respectivos direitos e deveres como cidadãos.

 

“O que a escola pode fazer em uma situação de pânico? Nossa melhor chance é dissolver esse caldo cultural que importamos dos Estados Unidos, e, assim, começar a impor novas regras, como a regularização das redes sociais, por exemplo”, disse Aruan.

 

A Secretaria de Segurança Pública, em nota, disse que a Polícia Civil realizou, na manhã desta quarta-feira, 12, diligências em escolas de Ribeirão Preto, para apurar casos de ameaças registrados em boletins de ocorrências. Todos os casos relacionados aos fatos e análogos são investigados.

 

“A SSP informa que a Polícia Militar mantém contato permanente com as direções das escolas. Atualmente, 566 policiais militares atuam no policiamento realizado no entorno das unidades educacionais em todo o Estado, por meio do programa Ronda Escolar. O patrulhamento nas imediações também é feito por policiais a pé e em motocicletas. Todos os casos de ameaça são investigados. As diretorias das unidades de ensino estão em alerta para qualquer denúncia, que, se confirmada, é tratada em conjunto com a Vara da Infância e Juventude.”

 

Medidas

Após crescente no número de ameaças e ataques, o Ministério da Justiça lançou, na segunda-feira, 11, o edital de chamamento público para ampliar o programa de segurança nas escolas. A medida já havia sido anunciada na semana passada, após o atentado ocorrido em uma creche de Blumenau (SC).

 

Ao todo, serão investidos R$ 150 milhões com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). As secretarias de segurança de estados e municípios poderão apresentar projetos em seis diferentes áreas temáticas. Os recursos poderão ser aplicados, por exemplo, em projetos de expansão das rondas escolares, realizadas pela Polícia Militar ou Guardas Municipais, cursos de capacitação para profissionais da área de segurança e cursos que contemplem o acolhimento, a escuta ativa e o encaminhamento para a rede de proteção às crianças e adolescentes.

 

O edital também permite ações de pesquisa e diagnóstico na prevenção em segurança no ambiente escolar, aprimoramento da investigação cibernética e criação de observatórios sobre violência nas escolas. Os entes federativos que aderirem ao programa deverão compartilhar e integrar seus bancos de dados sobre a violência escolar com o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp).

 

Cautela Virtual

O Ministério da Justiça e Segurança Pública também informou que a pasta prepara a publicação de uma portaria que trata sobre responsabilidades e obrigações das plataformas, dos meios de comunicação eletrônica, dos provedores de conteúdo e de terceiros sobre moderação ativa para conteúdos violentos na internet e outros meios.

 

Na última segunda-feira, 10, Flávio Dino se reuniu com representantes de plataformas digitais e exigiu a criação de canais abertos e ágeis para atender solicitações das autoridades policiais sobre conteúdos com apologia à violência e ameaças a escolas nas redes sociais, como a retirada desses perfis. Na ocasião, participaram da reunião representantes das empresas Meta (Facebook e Instagram), Kwai, Tik Tok, Twitter, YouTube, Google e WhatsApp.

 

O ministro cobrou ainda o monitoramento ativo das plataformas em relação a ameaças. As plataformas serão notificadas formalmente nesta semana sobre os perfis e conteúdos suspeitos identificados pela pasta da Justiça em conjunto com as polícias dos estados.

 

Denuncie!

Denúncias sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura, criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com SaferNet Brasil. As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.

 

Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima


Foto: Pixabay (foto ilustrativa)

Compartilhar: