Roubo de busto do Coronel Joaquim da Cunha Diniz Junqueira completa 10 anos em 2018
A obra feita pela Cantaria Artística de José L. Martins sumiu no dia 3 de março de 2008

Roubo de busto do Coronel Joaquim da Cunha Diniz Junqueira completa 10 anos em 2018

A herma era feita de bronze e ficava localizada no pedestal da Praça XV de Novembro, no Centro de Ribeirão Preto

Busto sobre pedestal antes do furto Em março deste ano, completou 10 anos do roubo da herma do Coronel Joaquim da Cunha Diniz Junqueira, que ficava localizada no pedestal da Praça XV de Novembro, no Centro de Ribeirão Preto.

Produzida pela Cantaria Artística de José L. Martins, a obra foi roubada no dia 3 de março de 2008. O busto era feito de bronze e o pedestal, que permanece vazio no local, foi fabricado em granito.

De acordo com o acervo histórico da prefeitura, além do busto, letras e detalhes também foram furtados. Na época, um Boletim de Ocorrência foi registrado, mas, até o momento, ninguém foi detido pelo crime.

A obra foi instalada em meados da década de 1930. Na época, quando a cantaria ainda existia, foi passada a informação de que a arte seguia uma linha clássica com estilo Art déco.

Em contato com a Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto, o Portal Revide foi informado de que a pasta faz um minucioso levantamento dos monumentos públicos da cidade, como o do referido busto do Coronel Joaquim da Cunha Diniz Junqueira. Pelo link, é possível acessar o histórico das artes do município.

A prefeitura ainda informou que, posteriormente, com o auxílio do Conselho do Patrimônio e de especialistas, haverá a indicação de quais monumentos serão priorizados para a reforma.

Importância

A historiadora Lilian Rosa diz que monumentos existem em todas as culturas. “Monumentos são universais, eles nos lembram a nossa identidade e o que é importante na história do povo. Nós temos dois tipos de memoriais, os que nos fazem lembrar e os que foram construídos como memorial ou comemorativo”, afirma.

Lilian diz que estes objetos são uma espécie de trava de segurança contra a correria diária existente na sociedade. “Nós precisamos desse registro. Todos são bens e patrimônios, tornando-se um artefato após uma ressignificação”, analisa.

Por fim, a especialista afirma que “infelizmente ainda não há um planejamento e controle em uma política pública que auxilie na escolha de locais para instalação, retiradas, limpeza e maneiras que são feitos, pois é preciso tempo e investimento”.

Coronel Joaquim da Cunha Diniz Junqueira

Joaquim da Cunha Diniz Junqueira, mais conhecido por Quinzinho da Cunha, era um aristocrata, membro de uma das famílias mais tradicionais do interior paulista. Residia em um chalé de frente ao Quarteirão Paulista, no local onde hoje se encontra o Edifício Diederischsen. Quinzinho da Cunha também era proprietário de terras cafeeiras, herança da família Junqueira.

 


Fotos: Pedro Gomes

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