RP irá demitir 16 e contratar terceirizada para Serviço de Atendimento ao Munícipe
Sindicato da categoria afirma que irá entrar com ação judicial contra as demissões

RP irá demitir 16 e contratar terceirizada para Serviço de Atendimento ao Munícipe

Empresa de Santa Catarina irá atender as reclamações da população ribeirãopretana

A Prefeitura de Ribeirão Preto irá substituir 16 atendentes do Serviço de Atendimento ao Munícipe (SAM), o "156", por funcionários de uma empresa terceirizada.

O serviço é gerido pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto (Coderp). O sindicato da categoria informou que, se forem levadas à cabo as demissões, entrará com uma ação na Justiça.

A homologação da contratação da empresa foi publicado no dia 22 de julho, mas o anúncio oficial aos acionistas será feito somente nesta sexta-feira, 16. As demissões devem ocorrer a partir da próxima quarta-feira, 21.

Segundo a Prefeitura, os atendes do serviço do 156 foram contratados por meio de processo seletivo, com contrato de trabalho regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), portanto, não eram estatutários.

A empresa escolhida para prestar o serviço é a Acess Cobrança Contact Center, uma companhia que presta serviços de call center e de pesquisa. Com sede em Joinville, Santa Catarina, a empresa receberá R$ 21,6 mil mensais pelo serviço. O contrato de 12 meses tem o valor total de R$ 259,8 mil.

O governo explica que a economia com a troca dos funcionários pelos terceirizados será de 91% à Coderp. O SAM é responsável pelo atendimento de solicitações, sugestões e esclarecimentos de dúvidas da Prefeitura à população.

De surpresa

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação (Sindpd) Carlos do Carmo Silva, critica a forma como o anúncio foi feito para os funcionários.

Segundo ele, o boato começou a após a publicação da contratação da terceirizada, em julho, no Diário Oficial. Após isso, os funcionários questionaram a diretoria da Coderp, mas a empresa alegou que ainda não estava a par e todos os trâmites.

As reclamações chegaram então ao Sindipd, que entrou em contato com a empresa. “Só deram satisfações depois que o Sindicato pressionou", conta Silva.

Outro fator que será questionado em uma possível ação na justiça é o interesse ad empresa na licitação. Segundo o diretor do sindicato, a empresa de Santa Catarina teria uma margem de lucro muito pequena.

O valor global do contrato era de R$ 435 mil. Porém, a empresa ofereceu R$ 259 mil. Serão 10 funcionários contratados por 12 meses. Retirando os valores dos salários e tributos, a margem de lucro da companhia será baixa.

Por fim, o sindicalista comenta que no quadro de 16 funcionários que podem ser demitidos, muitos foram realocados para outras funções dentro da empresa. Além disso, muitos ocupavam o cargo há mais de 20 anos.

“Agora trazem de volta eles para o atendimento, para depois demiti-los. Esses outros cargos ficarão vagos, o que a prefeitura vai fazer? Colocar comissionados indicados politicamente?”, criticou.


Foto: Arquivo Revide

Compartilhar: