Secretário diz que AME na UBDS Central é para "apagar incêndio da saúde pública"
Secretário da Saúde afirma que AME na UBDS Central é para ‘apagar incêndio’

Secretário diz que AME na UBDS Central é para "apagar incêndio da saúde pública"

Sandro Scarpelini participou de CEE da Câmara sobre o fechamento da UBDS Central e disse que mudança será ‘ganho’

O secretário da Saúde de Ribeirão Preto, Sandro Scarpelini, disse em audiência da Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara Municipal nesta terça-feira, 18, que a abertura do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) onde atualmente funciona a UBDS Central é necessária para “apagar o incêndio da saúde pública”.

Scarpelini disse que o AME é uma oportunidade para a saúde do município se movimentar, já que de acordo com ele está parada no tempo. Com isso, seriam necessários os investimentos na atenção básica, e não apenas no pronto atendimento, o que de acordo com o secretário é um modelo fadado a acabar.

“Pelo bem que o AME vai trazer, acho que justifica as mudanças das equipes. Entre prós e contras, vai ser um ganho, e vai injetar R$ 24 milhões que não existem no orçamento do município”, afirmou o secretário, que ainda disse que o município precisa agir com rapidez, além de utilizar as unidades da Vila Virgínia e Quintino e abrir a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Cuiabá.

“Não vai ser o fim do mundo se o AME não for instalado, mas vai ser uma derrota para a saúde de Ribeirão Preto. Pronto atendimento não é saúde de qualidade. Eu não estou vivendo em função deste AME, só estou tentando apagar o incêndio. É uma mudança de finalidade para a Central, não é fechamento”, disse Scarpelini.

A conselheira do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (CEBS) Fernanda Bergomini apontou que o município poderia ter de arcar com os custos extras do AME. Isso porque, de acordo com o contrato destas unidades entre o Governo do Estado e os municípios, a partir de três consultas de um mesmo paciente, o município que arca com os custos. O AME atenderá pacientes de outras cidades encaminhadas para o atendimento especializado. Fernanda cobrou ainda mais estudos sobre a viabilidade do AME na região Central.

Scarpelini disse que os riscos de o município pagar mais são baixos, já que, de acordo com ele, em contato com diretorias de AMEs que funcionam em outros municípios, a taxa de retorno é baixa, muitas vezes não alcançando duas consultas - quantidade financiada pelo Governo Estadual.


Foto: Prefeitura de Ribeirão Preto

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