Segundo IBGE, Ribeirão é mais populosa que algumas capitais nacionais
A estimativa foi realizada em 2017

Segundo IBGE, Ribeirão é mais populosa que algumas capitais nacionais

De acordo com especialista, número de pessoas vêm da antiga produção cafeeira, que fez a cidade ser conhecida como a Capital do Novo Oeste

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de Ribeirão Preto teve um aumento de 16 mil habitantes, em apenas sete anos. A nova estimativa foi realizada em 2017.

Para comparação, atualmente, com 682,302 habitantes, a cidade é maior que capitais como Florianópolis - SC (485.838 habitantes), Vitória - ES (363.140 habitantes), Rio Branco - AC (336.038 habitantes) e Palmas – TO (228.332 habitantes), por exemplo.

Wlaumir SouzaO sociólogo Wlaumir Souza diz que o fato de Ribeirão Preto concentrar população é uma herança da produção cafeeira que fez a cidade ser conhecida como a Capital do Novo Oeste, o que depois foi confirmado pela fama de Nova Califórnia.

“Estas imagens carinhosas e muito cultivadas pela propaganda sobre Ribeirão Preto que sempre sonhou em ser capital do Agronegócio, Capital da Cultura e agora centro de macrorregião, que faz a prosperidade e a oportunidade de trabalho ser uma das características quando se pensa no município. Desta forma, o crescimento populacional é aspirado pelas elites que produzem estas imagens e acontece de fato uma vez que a cidade se organizou nos moldes burgueses”, fala Souza.

Para o especialista, a cidade ganha em mão de obra, quer seja qualificada ou não, o que diminui a pressão sobre os salários, que também é positivo para a elite econômica local. “Mais que isto, ganha em diversidade e pluralidade elementos que constituem as verdadeiras capitais do mundo”.

Entretanto, pontos negativos também podem acontecer. “As perdas ocorrem se o município não tem condições de arcar com as custas de efetivação de um planejamento urbano a altura da imagem próspera da cidade que foi forjada. Assim, perde-se em segurança, uma vez que não há emprego para todos e nem moradia para as frações de classes mais baixas. Então, em Ribeirão, a prosperidade da burguesia local pode não ser compatível com a dinamicidade da prefeitura para planejar a cidade para todos”, finaliza o sociólogo.

 


Foto: Prefeitura Ribeirão Preto/ FL Piton

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