Segundo turno das eleições terá transportes coletivos gratuitos em muitas cidades
Medida pretende evitar alta abstenção de eleitores

Segundo turno das eleições terá transportes coletivos gratuitos em muitas cidades

Em Ribeirão Preto, Prefeitura não confirmou decisão

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, decidiu que prefeituras e empresas de ônibus poderão oferecer transporte público gratuito no segundo turno das eleições, no próximo dia 30. Nesta quarta-feira, 19, o Supremo formou maioria de votos para confirmar a decisão. A medida pretende evitar alta abstenção de eleitores.

 

O Portal Revide contatou a Prefeitura e a Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp) para averiguar a validade da medida no município. No entanto, a administração se limitou a dizer apenas que a circulação da frota e os horários das linhas serão ampliados devido a um alto fluxo e demanda dos transportes coletivos.

 

Nesta quinta-feira, 20, a Câmara Municipal do munícipio, a pedido do vereador Lincoln Fernandes (PDT), fará a votação a respeito da medida. O requerimento indica que a Prefeitura autorize o transporte gratuito e que as empresas do transporte coletivo, representadas pelo consórcio PróUrbano não modifiquem ou diminuam o trajeto e a quantidade de veículos no dia da votação e que a gratuidade seja oferecida nas 24 horas do dia 31. 

 

Sobre a decisão

A decisão individual permite que os prefeitos que adotarem a medida não sejam responsabilizados por improbidade administrativa ou crime eleitoral. O caso é julgado no plenário virtual, modalidade de votação na qual os votos são inseridos em um sistema eletrônico e não há deliberação presencial.

 

Além do relator, também referendaram a liminar os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luix Fux, Alexandre de Moraes e Luiz Fux.

 

A decisão foi tomada a partir de uma ação protocolada pela Rede Sustentabilidade. A pedido do partido, no primeiro turno o ministro também determinou que o transporte público fosse mantido em níveis normais e que os municípios que já ofereceram a gratuidade em pleitos anteriores mantivessem a medida.

 

Para pedir a gratuidade universal, a Rede argumentou que o voto é obrigatório no Brasil, mas que muitos eleitores não têm condições de pagar a passagem até o local de votação, que em muitos casos é mais cara do que a multa pelo não comparecimento, cujo valor máximo é de R$ 3,51. A medida também pretende evitar alta abstenção de eleitores no dia da votação.

 

* Com informações da Agência Brasil. 


Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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