Sertãozinho sofre por falta de abastecimento de gás de cozinha
Comerciantes dizem que não há expectativa da chegada de nova leva do produto

Sertãozinho sofre por falta de abastecimento de gás de cozinha

Além da diminuição da oferta de combustíveis, Sertãozinho também enfrenta corrida pelos botijões

Moradores de Sertãozinho, na região de Ribeirão Preto, estão enfrentando outro problema, além da diminuição da oferta de combustível nos postos, que ocorre em diversos cantos do Brasil desde o início da última semana: a falta do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha.

Estabelecimentos que distribuem o gás de cozinha afirmam que não conseguem conversar com as distribuidoras, que envasam os produtos nos botijões. O gerente de um desses estabelecimentos no Centro de Sertãozinho, Anderson Marchiori, diz que a única resposta que recebe da empresa que o revende o produto é de que não está chegando nada.

“Eles falam que não chega gás e afirmam que não tem como trabalhar e não tem previsão alguma da chegada do produto. Hoje mesmo, eles disseram que os funcionários nem foram trabalhar”, conta Marchiori, que tem perdido vendas em razão do problema.

O estudante Lucas Oliveira passa pela situação contrária, o consumidor que não consegue gás e, por isso, tem de se adaptar em meio a esta situação. “Vamos comprando pão na padaria ou o que der para fazer. Dá para se virar ainda”, analisou o estudante, que passou a manhã procurando o produto.

Por meio de nota, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) afirmou que algumas praças ainda possuem um estoque mínimo de GLP, mas que enfrenta problemas com o escoamento do produto pelas rodovias do país - e pediu para que as autoridades acordem com os manifestantes que o gás de cozinha é um produto essencial para o bem-estar da população.

“Caminhões com botijões de 13kg, 20kg, 45kg vazios ou cheios com nota fiscal a caminho das revendas não são reconhecidos pelos grevistas como abastecimento de um serviço essencial, o que é um equívoco, pois o produto nessas embalagens também pode ser destinado ao abastecimento de serviços essenciais. O setor de GLP trabalha com uma logística reversa, na qual é imprescindível o retorno dos botijões vazios às bases para serem engarrafados. O Sindigás reitera que há gás nas bases. O problema no abastecimento deve-se às dificuldades de escoamento do produto pelas rodovias do país”, declarou por nota.


Foto: Agência Brasil - arquivo

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