Serviço de Verificação de Óbitos está paralisado por falta de profissionais
Trabalhos foram interrompidos pelo surto de síndrome gripal nos profissionais, dificultando o remanejamento de escala
O Serviço de Verificação de Óbito do Interior (SVOI) de Ribeirão Preto está com atividades paralisadas desde a terça-feira, 15 de fevereiro, devido à falta de médicos patologistas e técnicos causada pelo surto de síndrome gripal.
O médico e diretor do SVOI, Marco Aurélio Guimarães, já havia alertado da possibilidade que o departamento corria de parar o funcionamento devido à falta de médicos patologistas para fazer a liberação dos corpos.
A situação repercutiu na Câmara Municipal dos Vereadores de Ribeirão Preto. O vereador Lincoln Fernandes (PDT) encaminhou um ofício ao Ministério Público do Estado de São Paulo. Segundo o parlamentar, providências urgentes precisam ser tomadas para que o atendimento não seja afetado e famílias poupadas de um sofrimento ainda maior.
Após uma semana do ofício enviado, o MP abriu um inquérito civil a fim de apurar a situação atual e para que o SVO e a USP sejam oficiados urgentemente e prestem esclarecimentos, assim como soluções. “A Universidade de São Paulo possui um orçamento de mais de 7,5 bilhões de reais. Não é possível que uma contratação emergencial não possa ser feita”, questionou o vereador.
Procurada pela reportagem, a reitoria da USP informou que tem estudado alternativas para a situação. “A Reitoria da Universidade de São Paulo, ciente da situação do SVOI, está estudando cenários e buscando alternativas para uma solução definitiva do caso”, informou a instituição em nota.
Por enquanto, a previsão é de que a partir desse domingo, 27, atenda em dias alternados como medida emergencial, obrigando famílias a esperar por mais de 48 horas para o sepultamento. A situação fica ainda mais agravada aos sábados, quando não haverá atendimento. Corpos que derem entrada após às 19h da sexta-feira só poderão ser necropsiados na manhã de domingo.
Foto: Arte Revide