Servidores protestam contra suspensão de pagamento dos 28%
Servidores protestam contra suspensão de pagamento dos 28%

Servidores protestam contra suspensão de pagamento dos 28%

Pagamentos estão paralisados desde fevereiro, por determinação da justiça

Um grupo de servidores protestou em frente ao Palácio Rio Branco, em Ribeirão Preto, na manhã desta quarta-feira, 15, contra a suspensão do pagamento dos 28,35% do acordo da perda salarial dos servidores do Plano Collor. Os pagamentos estão paralisados desde fevereiro.

A decisão de frear os pagamentos foi da prefeitura de Ribeirão Preto, que alegou à justiça dificuldade para pagar os servidores que têm direito ao acordo. O juiz Reginaldo Siqueira deu um prazo de 90 dias para o município apresentar os cálculos da quantia que já foi paga, e do que deve ainda ser destinado aos beneficiários.

O sindicato dos Servidores Municipais aponta que a suspensão dos pagamentos é um golpe contra os servidores, já que algumas pessoas venderam os créditos do benefício a bancos, como o caso da servidora aposentada Inês Teixeira, que teme ser cobrada pelo banco.

“Eu vendi a dívida do banco, agora o banco vai vir descontar de mim. Não é justo né? Nós vamos dar para o roubo da Dárcy Vera e dos vereadores. Tem que tirar deles, não nosso”, lamentou a aposentada, que participou da manifestação nesta manhã.

Outro aposentado que participou da mobilização, e também é beneficiário do acordo, Paulo Eduardo Veríssimo, comenta que a atitude da Prefeitura com relação ao caso tem sido falha com os servidores, que de acordo com ele, são os mais prejudicados.

“Essa é uma grande falha desta administração, que é mexer com os direitos dos servidores municipais. A prefeitura tem condições de pagar, sim. Com todo rombo que teve na prefeitura, nunca faltou pagamento para os servidores em nada”, afirma Veríssimo, que acredita que isso tem afastado os servidores da Administração Municipal. “Com esses problemas o servidor público fica com os braços cruzados, não adianta o prefeito mexer com os servidores. Ele tem que trazer os servidores para ele”, concluiu.

Câmara estuda o caso

Enquanto isso, a Câmara Municipal aprovou a constituição de uma Comissão Especial de Estudos (CEE) para tentar encontrar uma solução para a manutenção dos pagamentos dos 28%. Proposta pelo vereador Renato Zucolotto (PP), que espera encontrar uma saída o mais rápido possível. “O próprio desembargador concluiu que a prefeitura deve pagar, porque trata-se de uma sentença em trânsito julgado. O que o tribunal sustenta é o quanto deve ser pago”, afirmou.


Foto: Leonardo Santos

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