Superintendente da Guarda Civil de Ribeirão Preto foi a primeira mulher a assumir o cargo

Superintendente da Guarda Civil de Ribeirão Preto foi a primeira mulher a assumir o cargo

Mônica da Costa Noccioli venceu os preconceitos, impôs sua capacidade e o respeito, e conquistou a confiança de todos para comandar a corporação

Foi em 1997 que Mônica da Costa Noccionli iniciou a carreira na Guarda Civil Metropolitana de Ribeirão Preto (GCM-RP). Em 23 anos de corporação, exerceu diversas funções: atuou na rua, na Ronda Escolar, no Theatro Pedro II e, por um longo tempo, na segurança do Palácio Rio Branco —, mas foi na parte operacional que ganhou experiência e conhecimento para enfrentar os desafios que iriam chegar.

Quando completou 20 anos de corporação, um pouco antes de se aposentar, Mônica foi convidada para assumir a superintendência da GCM-RP. Já com toda a documentação da aposentadoria em mãos, em 2017, decidiu arriscar e aceitar o desafio.

“Eu conheço muito bem a parte operacional, tenho bastante experiência. No atual governo municipal, surgiu o convite para assumir a superintendência. Eu já estava para aposentar, faltava muito pouco tempo e já tinha em mãos meus papéis de aposentadoria. Pensei muito nesse convite em razão da responsabilidade do cargo, mas achei que seria uma experiência boa, algo que carregaria para o resto da vida”, conta. 

Mônica, que foi a primeira mulher a assumir a superintendência da Guarda Civil de Ribeirão Preto, teve que vencer os preconceitos e lidar com o estranhamento dos agentes que estavam acostumados com homens no cargo. “Eu sou a primeira mulher a ter essa oportunidade dentro da Guarda Civil Metropolitana de Ribeirão Preto. No começo, senti um pouco de estranhamento dos homens. A maioria achava que o cargo deveria ser ocupado por um homem e não por uma mulher”, explica Mônica.

A superintendente diz que ainda há uma parcela muito machista na corporação, mas que depois de muita dedicação e trabalho, conseguiu conquistar seu espaço. “Nós temos uma parcela que ainda é muito machista, mas tive de impor minha capacidade, minha responsabilidade e, também, minha maneira de lidar com todo o trabalho. Ganhei a confiança, o respeito e o carinho de todos”.

Hoje, ela diz que se orgulha do trabalho que vem realizando, principalmente, o da Patrulha Maria da Penha, ação que atua na proteção, na prevenção, no monitoramento e acompanhamento de mulheres que sofreram violência doméstica ou familiar e que possuam medidas protetivas de urgência. “Estou muito feliz de estar à frente da Guarda, principalmente, quando veio a oportunidade de lidar com os casos de mulheres vitimizadas. Foi um desafio muito bom assumirmos  mais essa responsabilidade”, finaliza Mônica.

 


Foto: Júlio Sian

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