Suspeitos de lavar dinheiro do tráfico carioca são presos em Ribeirão Preto e região
Grupo investigado na operação Shark Attack é suspeito de lavar R$ 222 milhões em pouco menos de um ano
Na manhã desta sexta-feira, 17, suspeitos de praticarem lavagem de dinheiro do tráfico de drogas no Rio de Janeiro foram presos pela Polícia Civil em Ribeirão Preto e municípios da região. Os mandados fazem parte quarta fase da operação Shark Attack, realizada pelo Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC) e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público.
Ao todo, foram dez presos, sendo cinco empresários em Ribeirão Preto, um em Jardinópolis, e um na cidade de São José do Rio Preto, além de suspeitos na capital carioca, nos estados do Mato Grosso do Sul e no Paraná, em Curitiba. Também havia um mandado de prisão para ser cumprido em Guatapará, mas o investigado não foi encontrado.
A operação visa desarticular uma quadrilha suspeita de lavar, em pouco menos de um ano, R$ 222 milhões gerados pelo tráfico. O esquema de lavagem usa empresas de fachada para financiar a compra das drogas e armamento. Segundo a polícia, os bens dos suspeitos foram bloqueados.
Em entrevista coletiva, o delegado do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-3), João Osinski Junior, disse que o o líder do esquema fraudulento é de Ribeirão Preto, é empresário do ramo da construção civil, preso pela primeira vez na investigação em março, na terceira fase. Ainda segundo a polícia, ao menos cinco empresas suspeitas de participação no esquema são investigadas. Além da construção, a lavagem de dinheiro do tráfico nesse esquema acontece em empresas de shows e informática. Materiais foram apreendidos nesse locais.
Foto: Divulgação Polícia Civil