TCE aponta que Ribeirão Preto descumpre itens da Lei de Resíduos Sólidos
TCE aponta que Ribeirão Preto descumpre itens Lei de Resíduos sólidos

TCE aponta que Ribeirão Preto descumpre itens da Lei de Resíduos Sólidos

Tribunal de Contas questiona falta de unidades de compostagem e demora para implantação de Politica Municipal de Saneamento, sancionada em setembro

As prefeituras do Estado de São Paulo descumprem amplamente a legislação que regula o tratamento de resíduos sólidos, mantendo lixões a céu aberto e ignorando normas específicas para gestão dos rejeitos dos setores da construção civil, da saúde e agropecuária. O diagnóstico é de fiscalização do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo, que verificou a situação de 163 municípios em setembro.

Entre as cidades avaliadas pela fiscalização está Ribeirão Preto, que não cumpriu alguns dos 43 itens relacionados à Lei 12.305 de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, como a falta de nomeação de membros para o Conselho de Resíduos Sólidos do município, e a falta da implantação da Política Municipal de Saneamento Básico (PMSB), que foi aprovada na Câmara Municipal em agosto, e sancionado pela prefeita Dárcy Vera (PSD) no fim de setembro.

A PMSB, que chegou a ser enviado para a Câmara em dezembro do ano passado, mas acabou retirado por protesto dos servidores do Daerp, que viam na nova política o risco de concessão do serviço de abastecimento de água, teve votação no dia 19 de agosto, e deve entrar em vigor em janeiro de 2017 – 90 dias após a sanção da administração municipal.

Os fiscais do TCE questionaram o município sobre o tratamento dos resíduos sólidos, licenças ambientais e gerenciamento de resíduos gerados nos serviços de saúde, que tiveram resposta positiva da administração municipal, mas que ainda é deficitária em questões como a falta de unidade de compostagem, assim como 97,3% dos municípios analisados, ou a coleta seletiva, que só cobre 25% de Ribeirão Preto.

A fiscalização do Tribunal de Contas apontou ainda que não há qualquer tipo de coleta seletiva em 36,20% das cidades avaliadas. O tribunal aponta que somente 51,54% dos municípios avaliados já implantaram um plano de gestão integrada dos resíduos sólidos. Entretanto, outros 19,63% nem sequer iniciaram sua elaboração.

Os relatórios individuais de cada município foram encaminhados aos Conselheiros. Depois de ouvir as prefeituras, eles usarão as informações para subsidiar o parecer das contas anuais e, em casos de suspeita de improbidade administrativa ou crime ambiental, as informações serão enviadas ao Ministério Público.


Foto: Arquivo Revide

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