Treinador de futebol americano de Ribeirão vê esporte com potencial no Brasil
Aos 26 anos, jovem técnico incentiva a prática do esporte na cidade

Treinador de futebol americano de Ribeirão vê esporte com potencial no Brasil

Divulgação, profissionalização e suporte são alguns dos problemas enfrentados pela modalidade no país, segundo Léo Santos, do RP Alligators

O futebol americano dos Estados Unidos é o esporte que mais arrecada dinheiro no planeta. Contudo, a modalidade no Brasil ainda vive um processo primitivo de difusão, profissionalização e incentivo de patrocinadores, de acordo com o treinador do RP Alligators, Leonardo Santos, em Ribeirão Preto.

Conhecido como Léo, o jovem técnico de 26 anos foi consultor educacional na Austrália e já passou por vários países na Europa e pela América do Norte para aprender novos métodos de treinamentos, com a missão de passar todo o conhecimento aos alunos.

Para o treinador, a existência de profissionais despreparados para realizar a gestão de treinamentos é uma das barreiras que impedem o progresso da modalidade. “Vemos várias pessoas que se dizem coach ou técnicos, mas não se prepararam para isso. Tive como objetivo estudar, primeiramente, para que depois pudesse comandar uma equipe”, comenta.

Léo Santos estudou no exterior antes de trabalhar como treinador

A falta de comprometimento da diretoria das equipes e de gerenciamento dos organizadores de competições ainda interfere no crescimento da modalidade. A escassez de recursos, também. contribui para que o esporte ainda não seja levado a sério. “É difícil profissionalizar um esporte sem oferecer um bom salário, ainda mais com pouco patrocínio”.

O time de Ribeirão Preto propõe uma modalidade adaptada do Full Pad, praticada nos jogos profissionais, chamada flag. As regras dessa nova metodologia são similares às do futebol americano original, mas, em vez de derrubar o jogador com a bola ao chão, o defensor deve retirar uma fita para parar o adversário.

A comparação com o nível técnico dos jogadores profissionais do exterior ainda é desproporcional. O jovem treinador comenta a boa qualidade de alguns jogadores no Brasil, mas a falta de suporte ainda prejudica. “Querer comparar com os Estados Unidos é um pouco complicado. Temos atletas para competição de nível internacional, mas se torna uma situação dura manter esses bons jogadores, que não possuem treinos à altura para sustentá-los”.

 


Foto: Divulgação

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