Vamos trocar figurinha?

Vamos trocar figurinha?

Porteiro é o salva-vidas dos colecionadores de figurinhas de Ribeirão Preto

“Eu quero o Renato Augusto”.

“Tudo bem, mas em troca, você me dá o Lucas Lima”.

“Fechado”.

Essa poderia ser a negociação entre dirigentes de Corinthians e Santos na montagem da equipe para a disputa de mais uma temporada de futebol. Mas também é a conversa de torcedores que não tem data para acabar. São os colecionadores de álbum de figurinhas de futebol, que ainda vão a luta para completar o livro ilustrado.

Desde os mais velhos, que ainda se recordam dos tempos antigos, no qual a figurinha vinha junto com a goma de mascar, até o hoje, quando a criançada quer a imagem do ídolo do clube, é isso que satisfaz o porteiro Antônio Claudio Sanches, que todos os fins de semana vai até uma banca de jornais e revistas na Avenida Presidente Vargas para trocar figurinhas e até vender as que faltam para os colecionadores.

“É uma integração social que a gente faz. Você entra em contato com várias pessoas, de vários níveis sociais diferentes. O bom é poder ajudar as pessoas a completar o álbum delas”, diz Sanches, que há dez anos mantém o ‘passatempo’.

Ele lembra que as figurinhas mais procuradas são a do Campeonato Brasileiro, além do livro ilustrado da Liga dos Campeões da Europa, porém, nos últimos meses, o que tem atraído muita gente é álbum do centenário do Palmeiras, que na semana que o clube conquistou a Copa do Brasil, leva os colecionadores vestidos a caráter: de verde.

Mesmo corinthiano, Antônio também coleciona o álbum do verdão, isso para ter a disposição de figurinhas para quem deseja trocar. “Tive até o do Santos, por que não o do Palmeiras? Você tem contato com crianças, jovens, velhos. O sorriso que a pessoa dá quando consegue uma ou duas figurinhas que está faltando é muito gratificante”, completa.

Foto: Leonardo Santos

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