Vereadores estudam alternativas para o trânsito de veículos pesados na Avenida Nove de Julho
Se aprovada a Comissão de Estudos, Câmara deverá ouvir especialistas para definir futuro da avenida

Vereadores estudam alternativas para o trânsito de veículos pesados na Avenida Nove de Julho

Projeto de resolução deverá ser votado na sessão desta terça-feira, 25

A Câmara dos Vereadores de Ribeirão Preto deverá votar na sessão desta terça-feira, 25, o projeto de resolução que instaura uma Comissão Especial de Estudos (CEE) para discutir alternativas para o trânsito de veículos peados na Avenida Nove de Julho.

Se aprovada, a comissão será presidida pelo vereador Elizeu Rocha (PP) e terá como membros os parlamentares Paulinho Pereira (PPS) e João Batista (PP). Na justificativa do pedido, Rocha frisa que os paralelepípedos da avenida se encontram em estado “deplorável”.

Além disso, destaca que o pavimento causa prejuízo para os motoristas, risco aos pedestres, além de exigir um alto custo de manutenção. Por fim, destaca também a questão do tombamento da avenida, que reforça a complexidade em se exigir qualquer tipo de mudança no local.

Segundo Rocha, deverão ser convocadas nas reuniões as entidades que estão diretamente envolvidas no assunto, como a Associação Comercial e Industrial (ACIRP), a prefeitura, a Empresa de Trânsito e Transporte Urbano (Transerp), órgãos de proteção do patrimônio público e também a população local.

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O vereador comenta que, por ser uma via tombada, não deveria receber o trânsito de veículos pesados. Contudo, pondera que será necessário realizar um estudo de logística para não prejudicar os comerciantes.

“Os caminhões descarregam mercadorias, temos linhas do transporte coletivo e sei que não podemos simplesmente proibir. É preciso um estudo de trânsito para se tomar qualquer decisão”, afirma o vereador.

Alguns parlamentares sinalizaram em 2018 um plano para a retirada do tombamento da via. Na ocasião, Rodrigo Simões (PDT) exigiu que a Câmara tomasse uma atitude em relação ao estado de preservação da via. "Do jeito que está, não dá", afirmou Simões à época.

Tombamento

O tombamento foi oficializado em julho de 2008 pelo então prefeito, Welson Gasparini (PSDB). Segundo o decreto 220 daquele ano, o tombamento é restrito ao “leito carroçável”, que corresponde à cobertura de paralelepípedo.

A extensão do trecho preservado tem início Rua Amador Bueno, seguindo até o cruzamento com a Avenida Independência.  Outros elementos paisagísticos tombados são: o piso das calçadas de mosaico português do canteiro central e as árvores da espécie sibipiriuna.


Foto: Arquivo Revide

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