Paralisação colaborou com melhora na qualidade do ar em Ribeirão, diz Cetesb
Menos caminhões e pouco combustível disponível: cenário ajudou na qualidade do ar em Ribeirão Preto, sem picos de poluição

Paralisação colaborou com melhora na qualidade do ar em Ribeirão, diz Cetesb

Segundo companhia, desde sábado, 26, a qualidade do ar no município é boa, motivada pela diminuição de veículos nas ruas

Em meio às discussões sobre a paralisação dos caminhoneiros, que ainda continua e chega ao 10º dia, um fator positivo é indiscutível: a qualidade do ar. De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a combinação de caminhões parados e menos carros nas ruas, em razão da falta de combustíveis nos postos, resultou na melhora da qualidade do ar em Ribeirão Preto – e em todo o Estado de São Paulo.

Segundo a Cetesb, a qualidade do ar foi considerada boa em todos os municípios do Estado na segunda-feira, 28, e na terça-feira, 29 – Ribeirão Preto ainda registrou índice positivo no ar na manhã desta quarta-feira, 30. Além disso, nesses dois dias, não foi registrado nenhum pico de poluição na cidade.

A situação é um pouco diferente da registrada na semana passada, especificamente nos dias 24 e 25 de maio, em que ainda mais carros circulavam pelas vias, quando a Cetesb registrou qualidade do ar moderada em Ribeirão Preto.

De acordo com a diretora de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental da Cetesb, Maria Lucia Guardani, esses resultados foram bem influenciados pela paralisação dos caminhoneiros. No entanto, ela também pondera que as condições meteorológicas favoreceram os diagnósticos positivos.

“Na última semana, houve uma condição meteorológica muito boa, também. Ventou bastante e isso faz com que a poluição dilua. O que não houve na semana passada, em que as condições atmosféricas ficaram muito calmas, e isso afetou a qualidade do ar”, explica Maria Lucia.

No entanto, Maria Lucia aponta que, entre os dias 26 e 29 de maio, a qualidade ficou boa e isso pode ser colocado na conta da diminuição de veículos nas ruas. “Aqui em São Paulo, por exemplo, o congestionamento que normalmente é de 50 km caiu para apenas 1 km, motivado pela falta de combustíveis. É uma diferença brutal. É uma quantidade muito grande de poluentes que foram deixados de ser jogados na atmosfera. Sabemos que teve uma influencia, pois tivemos menos carros nas ruas e também caminhões não circularam. Isso favoreceu”, conclui.


Foto: Leonardo Santos

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