Depois de 50 dias, chuva volta a Ribeirão
Mesmo assim, a previsão é de que o tempo seco se instale, novamente, ao longo da semana na cidade
Depois de 50 dias sem chuva, Ribeirão Preto voltou a ver a água cair do céu nesta terça-feira, 10. Porém, a que indica a previsão do tempo, alegria vai durar pouco e o tempo deve voltar à secura já amanhã. De acordo com o Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro), o ano de 2018 registrou o segundo período mais seco dos últimos 10 anos na cidade.
Embora a chuva desta terça-feira tenha ajudado a amenizar um pouco a estiagem que assolava Ribeirão Preto entre o fim do outono e o início do inverno, ela já deve ir embora na quarta-feira, 11. Segundo a meteorologista do Instituto de Pesquisas Meteorológicas (Ipmet) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Rita Cerqueira, a chuva desta terça está relacionada a uma frente fria no Estado de São Paulo, vinda da região Sul do País. No entanto, ela já está indo embora.
“Está passando uma frente fria no Estado, nas regiões Norte e Nordeste. Na quinta-feira já não tem previsão de chuva. Uma alta pressão está chegando e já limpou grande parte do Estado. Ela está em deslocamento, vinda do Sul do País, mas já está saindo do Estado, rumo ao Rio de Janeiro. Só tem chuva nesta parte mais ao norte. A chuva só se mantém na faixa Leste, com nebulosidade e chance de precipitação por causa da circulação dos ventos que levam umidade do oceano”, explica a meteorologista.
Estiagem
O último registro de chuva no município foi no dia 20 de maio. Desde o dia 1º do mês, choveu apenas 11,7 milímetros em Ribeirão Preto. Desde 2008, este é o segundo período mais seco no município, perdendo apenas para 2014, quando choveu 2,4 milímetros no mesmo intervalo de tempo.
O cenário é bem diferente dos últimos três anos, que registraram chuvas de até 174,4 milímetros, em 2016. Já em 2017, entre os dias 1º de maio e 10 de julho, foram registrados 92 milímetros de chuva, conforme indicam dados do Ciiagro levantados pelo Portal Revide.
De acordo com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a estiagem é motivada por uma “grande irregularidade temporal e espacial das chuvas”, que marcou as semanas finais do outono deste ano.
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Foto: Leonardo Santos
