Bailarina ribeirãopretana é destaque na dança de Los Angeles, nos Estados Unidos
Aos 33 anos, Gisele Silva espera concretizar o visto de artista para estabilizar uma carreira em Hollywood

Bailarina ribeirãopretana é destaque na dança de Los Angeles, nos Estados Unidos

Aos 33 anos, a artista participa do grupo de sapateado da coreógrafa Chloe Arnold, recentemente nomeada ao Emmy por melhor coreografia

Gisele tem se destacado em Los Angeles, nos Estados Unidos De Ribeirão Preto, a bailarina Gisele Silva tem conquistado um espaço na dança de Los Angeles, aos 33 anos. A dançarina se mudou para os Estados Unidos, neste ano, onde pretende estabelecer uma carreira de artista.

“Comecei a dançar aos cinco anos de idade. Minha tia era secretária de uma academia e, como sempre me via dançando nas festas de família e soube pela minha mãe da minha vontade de dançar, pediu para a professora de balé da escola me deixar fazer uma aula experimental. Na primeira oportunidade, Dania Amaral se encantou comigo e conversou com minha mãe, mas eu não tinha condições financeiras para pagar pelas aulas. Foi então que ela me ofereceu uma bolsa de estudos”, conta Gisele.

A bailarina começou a fazer balé e sapateado. “Íamos a pé para a escola, pois a situação financeira em casa era complicada, mas minha mãe não mediu esforços para realizar meu sonho. Aos 15 anos comecei a dar aulas de sapateado, onde hoje, mesmo morando fora, continuo no cargo de coordenadora da escola que comecei. Costumo dizer que tive um anjo na minha vida. Minha mãe e Dania Amaral são minhas maiores inspirações”, conta.

Antes de se mudar para a América do Norte, a artista passou por três companhias de dança em Ribeirão Preto: Ribeirão Preto Companhia de Dança, dirigida por Luciana Junqueira, Companhia Dança Vida, dirigida por Paula Vital, e Companhia Pé na Tábua, dirigida por Renata Defina. Para ela, foram diferentes e incríveis experiências que acrescentaram na carreira.

A mudança de vida veio neste ano de 2018. “Me mudei para Los Angeles, pois recebi um convite da coreógrafa Chloe Arnold (recentemente nomeada ao Emmy por melhor coreografia) para fazer parte do grupo de sapateado dela formado apenas por mulheres, Syncopated Ladies. Chloe me conheceu no Rio de Janeiro quando eu participava de um grande festival, do qual ela é madrinha. Primeiro, ela me concedeu por quatro anos seguidos uma bolsa de estudos em seu festival em Washington, o DC Tap Fest e, neste ano, ela me fez o convite para ir a LA”, diz.

Em Hollywood, ela se dedica totalmente à dança. Gisele faz muitas aulas. Ela aproveita os melhores estúdios de dança que estão por lá. A profissional ensaia semanalmente e dá algumas aulas particulares. Além de estar envolvida em projetos paralelos ao grupo, ela também fez uma audição para fazer um show que conta a história da dança, em Las Vegas, em outubro.

“O detalhe é que ainda não posso fazer alguns trabalhos, já que estou no processo para conseguir meu visto de artista. Com ele, poderei voltar a dar aula regulares em escolas de dança e trabalhar em mais projetos. Não foi fácil deixar tudo que construí em Ribeirão e no Brasil para começar uma nova história, analisei a proposta durante um ano, até me decidir, mas foi muito gratificante”, afirma.

A bailarina atua na dança desde os cinco anos

Para ela, não há pretensões de voltar ao Brasil. “A dança aqui é mais valorizada, a cidade pulsa arte, tem muitas oportunidades de trabalho, grandes músicos moram aqui e estão sempre em busca de bailarinos para seus shows. A dança me levou a lugares que eu jamais imaginava, em seis meses muita coisa aconteceu na minha vida. Uma vez envolvida nesses trabalhos outras portas se abrem e vou, aos poucos, conquistando meu espaço. São conquistas que aquela garotinha jamais imaginava”, finaliza Gisele.


Fotos: Divulgação

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