Família faz doações e alimenta moradores de rua em Ribeirão Preto
Cada pessoa ganha uma marmita, com direito a suco e sobremesa

Família faz doações e alimenta moradores de rua em Ribeirão Preto

“Gratidão” é a palavra usada pelo grupo como forma de expressar a sensação de fazer o bem

Uma família tem realizado doações e alimentado diversos moradores de rua em Ribeirão Preto. Por semana, em média, 90 marmitas são entregues todas as quartas-feiras para pessoas da Zona Norte da cidade.

Questionada sobre a sensação de ajudar ao próximo, a gestora de RH Veruska Ferreira, de 37 anos, diz que a palavra que a descreve é “gratidão”. Com isso, semanalmente, a família e amigas vão às ruas em busca de pessoas que precisam de carinho e alimento.

“Iniciamos a entrega das sopas às pessoas carentes no ano de 2016, logo que fiquei desempregada, mas sentia que precisava ajudar os mais necessitados. Trabalhei por 19 anos em uma empresa, onde foi o meu primeiro emprego e, ao ser desligada, me vi totalmente sem chão, achei que nunca mais iria conseguir recolocação no mercado. Tive momentos de depressão e foi aí que senti a necessidade de me sentir útil novamente”, diz Veruska.

Ela conta que ainda na época em que recebia o seguro-desemprego, deu o pontapé inicial, divulgando em uma rede social a ideia das doações. “Assim surgiu nosso projeto, no início teve uma grande procura para doações, curiosos e pessoas realmente querendo ajudar, mas com o tempo tudo foi esfriando e hoje temos um grupo pequeno, mas que não medimos esforços. Faça sol ou chuva, lá estamos para alimentar nossos amigos”.

Para que o trabalho continue, a família conta com a ajuda de algumas pessoas que enviam legumes, macarrão, roupas e água. “Mas mesmo assim tem mês que precisamos comprar. Oferecemos um kit – com marmita, colher, água, copo 250ml suco, paçoca e pão. A preparação da sopa fica por conta dos meus pais, que com muito amor não medem esforços para contribuir com este trabalho”.

Por fim, a gestora de RH fala que o que parece tão pouco para algumas pessoas, no momento da entrega se torna enorme para quem recebe. "É um momento que não consigo explicar, apenas agradeço e peço forças para poder continuar este trabalho”, finaliza.


Foto: Arquivo Pessoal

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