Mãe faz ação beneficente para conseguir pagar tratamento para o filho de 2 anos
Criança com microcefalia congênita precisa de tratamento que tem valor mensal superior ao orçamento da família
A jovem Bruna Vasconcelos, de 25 anos, realiza uma ação beneficente em Ribeirão Preto para proporcionar maior conforto ao filho Renato Caleb Girotti, de 2 anos, que nasceu com microcefalia congênita por conta do Zika vírus. A criança precisa de um tratamento com custo superior ao que ela tem mensalmente.
“Com 14 semanas de gestação, eu contrai o vírus e, com sete meses, foi diagnosticado que ele nasceria com microcefalia, hidrocefalia e algumas calcificações. Desde a primeira semana de vida, ele faz uso de anticonvulsivantes, pois é uma criança epilética. Ele vai fazer três anos mês que vem, mas é completamente dependente, não anda, não rola, não engatinha, mas é uma criança muito feliz e sorridente. Entretanto, ele depende de mim”, diz a mãe.
Por conta da doença, o atraso de desenvolvimento acaba por afetar ainda mais o corpo e causa outros problemas, como lesões em partes do pulmão. O pequeno teve muitas pneumonias. “Com isso, mensalmente a gente interna ele por um simples resfriado, que dá um desconforto respiratório. Ele não consegue oxigenar sozinho e precisa ir pro oxigênio, mas estamos na luta para que ele não fique dependente 24 horas deste mecanismo e para isso nós temos trabalhado com terapias”, explica Bruna.
A mãe e o pai estão na busca por uma terapia que pode mudar a vida de Renato para melhor. Se trata de uma fisioterapia respiratória, que ajuda a expandir o pulmão e tirar toda secreção do órgão. “Como a parte neurológica dele é afetada, o Renato não tem esse reflexo de tossir e espirrar, então, acumula secreção e vai para o pulmão. Essa fisioterapia limpa o pulmão para ele ter uma qualidade de vida melhor”.
O desafio da família está na arrecadação de dinheiro. O tratamento tem custo estimado em R$ 1,2 mil por mês. Entretanto, a jovem ganha apenas um salário mínimo, o que não é suficiente para as despesas do pequeno.
“Não consigo a quantidade necessária com o SUS ou com o convênio. Como eu não posso trabalhar, pois fico em prol a ele, a quantia que recebo não dá pra fazer nada. Tive a ideia de vender as pizzas para poder arrecadar e conseguir juntar um dinheiro para que pelo menos consigamos pagar o tratamento por dois ou três meses”, fala.
A pizza tem valor de R$ 25 nos sabores presunto e queijo, muçarela, calabresa e milho. A compra pode ser feita pelo telefone (16) 99140-8200.
Foto: Arquivo Pessoal
