Pós-Carnaval na Zona Sul é cancelado por falta de segurança, diz prefeitura
Carna Folia seria realizado neste domingo, 10, mas foi cancelado com prejuízo de R$ 300 mil

Pós-Carnaval na Zona Sul é cancelado por falta de segurança, diz prefeitura

Organização de bloco alega prejuízo de R$ 300 mil e diz que vai acionar judicialmente Poder Executivo

O bloco de Pós-Carnaval na zonal Sul de Ribeirão Preto, que seria realizado neste domingo, 10, foi cancelado pela prefeitura da cidade. A organização do evento Carna Folia, vai processar o Poder Executivo pela decisão. Por meio de nota, a Coordenadoria de Comunicação da prefeitura informou que a Polícia Militar recomendou que o evento não fosse realizado por questões de segurança. 

O bloquinho seria realizado no bairro Jardim Olhos D'Agua, continuação da Avenida Professor João Fiúsa, na Zona Sul da cidade. Cerca de 40 mil pessoas eram esperadas para a tarde de comemorações.

De acordo com Ramon Rodrigues, organizador, o prejuízo estimado é de cerca de R$ 300 mil, além da credibilidade da organização, das pessoas que ficaram sem emprego e por se tratar de um programa tradicional para a cidade.

“Fomos na reunião e nos informaram de todo o passo a passo que teríamos que fazer para realizar o Carnaval. Cumprimos com as exigências de todas as secretárias e autarquias necessárias. Não tinha nada que impedia o evento. Os menores de idade, por exemplo, só iriam entrar com os responsáveis. O alvará já estava assinado pelo chefe da fiscalização geral, mas por conta da pressão de forças maiores de pessoas com alta patente da cidade, eles não nos expediram”, informou Rodrigues.

Para a organização, a Prefeitura utilizou de desculpas para impedir a festa. “O prejuízo maior é o dinheiro, mas cerca de 250 pessoas ficaram sem o emprego. A Prefeitura tem responsabilidade, pois foi omissa conosco. Estamos protegidos pelo quinto artigo da constituição federal. Eles estão passando por cima da lei. O prejuízo não pode ser arcado só por nós. Comparecemos em todas as reuniões e com todos os documentos. Inclusive assinamos um TAC com o Ministério Público afirmando o compromisso com a municipalidade para manter o bairro em ordem e fazer a reinstituição que fosse necessária”.

Assim como informado, o capítulo nove do quinto artigo diz que é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença diante da lei. “Eles são agentes diretos do cancelamento e não possuem o direito de fazer isso. Foi uma prova de que Ribeirão Preto não tem justiça”, finalizou.

Houve tentativas de contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura por cerca de três horas desde que o cancelamento do Bloco foi confirmado, no entanto, apenas às 12h, houve retorno. Em nota, a gestão de Ribeirão disse que segundo a Fiscalização Geral, a Polícia Militar enviou um relatório, constando que não havia condições de oferecer a segurança necessária aos foliões.

Com as normas exigidas pela justica, um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) havia sido elaborado. Confira em detalhes: 


 

 


Foto: Pedro Gomes

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