Trabalhadores socioeducativos entram em estado de greve por reajuste salarial
Sindicato tem 40 deputados da Alesp favoráveis ao reajuste

Trabalhadores socioeducativos entram em estado de greve por reajuste salarial

Categoria busca pela inclusão no reajuste de 20% concedido a policiais militares, civis, agentes penitenciários e demais órgãos da Segurança Pública

O Sindicato dos Trabalhadores nas Fundações Públicas de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Privação de Liberdade do Estado de São Paulo (Sitsesp) entrou em estado de greve pela busca de valorização e reajuste nos salários dos trabalhadores socioeducativos. A situação que ocorre em todo o Estado, inclusive em Ribeirão Preto, foi decidida em uma assembleia realizada na última segunda-feira, 14, que anunciou também uma manifestação para o dia 21 de março em frente à sede da Fundação Casa.

Segundo o agente socioeducativo, Eduardo Felipe, o reajuste salarial dos trabalhadores socioeducativos ainda não foi anunciado pela Fundação Casa. A categoria busca pela inclusão no reajuste de 20% concedido a policiais militares, civis, agentes penitenciários e demais órgãos da segurança pública. “O que nos causa estranheza é que nós somos da área da segurança, nosso serviço é semelhante a serviço policial. No entanto, fomos excluídos desse reajuste”, afirma.

Em nota, o Sindicato publicou que o estado de greve obteve 91% de aprovação e a manifestação 78% durante a assembleia. Além disso, foi decidido por 72% que, de acordo com as propostas oficiais da Fundação Casa que forem entregues, se necessário, a categoria decidirá a melhor tática de luta pela valorização, saúde e segurança dos servidores.

Ainda de acordo com o agente socioeducativo, o sindicato já conseguiu 40 deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) favoráveis à inclusão da categoria no reajuste.

Somado a isso, os trabalhadores seguem internamente dentro da Fundação, com a executiva, no dissídio coletivo. “É o percentual que corrige as perdas salariais que são desde 2012 e, também, o congelamento do nosso salário, desde de 2020, quando o governador congelou os salários dos servidores da segurança pública, inclusive o nosso”, explica.

Eduardo conta ainda que, o estado de greve não se dá somente pela não inclusão da categoria ao reajuste dos 20%, mas também às perdas salariais. “No caso dos 20%, o governador não nos incluiu, já os 36% são perdas salariais. Os 20% seriam um reajuste de 36% de perdas salariais”, complementa.

Segundo ele, a situação está “deplorável” por parte do governo do Estado e do comando da Fundação Casa. “A revolta da categoria é essa: na hora do ônus nós somos servidores da área de segurança e nosso salário foi congelado, mas, na hora do bônus, eles não reconhecem a nossa categoria. Portanto, estamos em estado de greve, aguardando o presidente da fundação casa se manifestar e, também, uma posição do governo do Estado em relação a nossa inclusão junto a polícia militar no ajuste de 20%", finaliza.

Por meio de nota, a Fundação Casa esclareceu que a pauta salaria apresentada pela Sitsesp foi encaminhada para a comissão responsável. "A Fundação CASA esclarece que a pauta salarial, apresentada pelo Sitsesp (Sindicato dos Trabalhadores nas Fundações Públicas de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Privação de Liberdade do Estado de São Paulo), foi encaminhada para a Comissão de Política Salarial do Governo de São Paulo. A Instituição aguarda a deliberação da CPS para seguir com a negociação com o Sitsesp", disse a nota encaminhada ao Portal Revide.

O Portal Revide também entrou em contato com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e aguarda o retorno. 

 


Foto: Sitsesp

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