“Continuaremos a seguir o que preconiza o ministro da Saúde e a autoridade sanitária da nossa cidade”, diz Nogueira
Políticos de Ribeirão Preto comentam medidas de combate ao novo coronavírus

“Continuaremos a seguir o que preconiza o ministro da Saúde e a autoridade sanitária da nossa cidade”, diz Nogueira

Após discurso do presidente Jair Bolsonaro, prefeito de Ribeirão Preto e deputados comentam medidas contra pandemia do novo coronavírus

“Seguimos e continuaremos a seguir o que preconiza o ministro da Saúde e a autoridade sanitária da nossa cidade, que é o Secretário de Saúde, Sandro Scarpelini. A orientação é seguir as normas determinadas pela OMS, Ministério da Saúde e Secretaria Municipal de Saúde em respeito aos idosos e a todos que estão em grupo de risco.” A declaração do prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), foi dada nesta quarta-feira, 25, após questionamento sobre o discurso em rede nacional do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na noite dessa terça-feira, 24.

Durante seu pronunciamento, o presidente contrariou as recomendações do próprio Ministério da Saúde e também da Organização Mundial da Saúde sobre medidas de quarentena, como fechamento de comércio não essencial e suspensão de aulas nas escolas, e também de isolamento social.

Além do prefeito de Ribeirão, que decretou estado de calamidade pública até o dia 26 de abril, deputados de Ribeirão Preto também se posicionaram após a fala de Jair Bolsonaro.

Pela conta oficial no Twitter, o Deputado Federal Baleia Rossi (MDB) publicou: "Vamos continuar a respeitar as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde. E seguir nos informando por meio da imprensa profissional, que tem feito um grande trabalho. Tudo passa. Tudo mesmo.”

Questionado sobre o discurso do presidente, o deputado estadual Léo Oliveira (MDB) avaliou que foi preocupante. “Pois foi contra as medidas orientadas por toda a comunidade científica.”

Por meio de nota, o deputado estadual Rafael Silva (PSB) disse que "o mundo está em crise. Todos os países estão cuidando primeiro da saúde, da vida das pessoas. A economia pode ser recomeçada, reconstruída, mas uma vida não se repete, depois de perdida. A Itália, que é um país mais avançado que o nosso, está vivendo um caos pela doença. O Brasil, com população três vezes e meia maior que a italiana, com suas favelas, cortiços, pessoas amontoadas em pequenos cômodos, pode pagar um preço ainda mais alto se não houver prevenção, como recomenda a OMS. O voto popular não dá a ninguém o direito de colocar em risco a vida do seu povo. É preciso que haja cautela e acompanhamento com os especialistas da área. Essa deve ser uma decisão muito mais do campo científico do que do campo político."

O deputado federal Ricardo Silva (PSB) declarou em nota que é a vontade do povo brasileiro, ver o país retomar as atividades econômicas, comerciais, gerar empregos e renda. Mas, é preciso respeitar estudos técnicos e as determinações do Ministério da Saúde sobre a prevenção ao covid-19. "Infelizmente, o presidente da República aparentemente contrariou autoridades do mundo todo quando sugeriu a reabertura imediata de escolas e retomada da vida sem restrições e de uma só vez. Eu estou em isolamento domiciliar, com suspeita de estar acometido com covid-19. Todos queremos o restabelecimento rápido do Brasil, queremos a volta da economia, mas de acordo com critérios técnicos e responsabilidade.


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