CoronaVac fez casos de Covid-19 caírem 80% no HC de São Paulo
Entre os 22 mil funcionários da instituição e 1.000 pacientes, não foram registrados efeitos adversos graves ou moderados

CoronaVac fez casos de Covid-19 caírem 80% no HC de São Paulo

Pesquisa divulgada pela diretora clínica do hospital ainda apresentou resultado positivo entre imunossuprimidos

A diretora clínica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC/USP), na capital, Eloisa Bonfá, informou que a vacinação com a CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, fez os casos de Covid-19 entre os 22 mil funcionários da instituição caírem quase 80% após a segunda dose e gerou resposta imune em um grupo de 1.000 pacientes imunossuprimidos.

“Depois da vacinação, tivemos uma redução de 50% nos casos após a primeira dose e quase 80% de redução após a segunda dose. E isso ocorreu justamente quando São Paulo estava tendo um aumento expressivo de casos na cidade. Em termos de internação, tivemos 94 internações de colaboradores na primeira onda e apenas 14 na segunda onda”, explicou a cientista.

Outro estudo liderado pelo HC foi a vacinação de 1.000 pacientes com doenças reumatológicas — uma pesquisa que envolve imunossuprimidos, parcela da população que geralmente tem dificuldade de responder à vacina e produzir anticorpos. “O que nós vimos é que com a vacinação da CoronaVac, esses pacientes tiveram uma resposta moderada”, assinalou Eloisa. “O acompanhamento pré e pós vacina mostrou 33 casos de Covid-19 antes da vacinação e apenas seis casos após a vacinação”, completou.

A diretora clínica do HC ressaltou o alto perfil de segurança da CoronaVac. Segundo ela, entre os 22 mil funcionários e os 1.000 pacientes imunossuprimidos, não foram registrados nem casos moderados e nem efeitos adversos graves.

“Não importa o motivo para se vacinar: proteger você, proteger sua família, poder abrir com tranquilidade seu negócio, poder viajar ou abraçar. Descubra um motivo e não deixe de se vacinar”, reforçou Eloisa. “Nós testemunhamos a corrida da vacina, uma corrida pela vida, e nós apoiamos essa corrida”, concluiu.

Informações: Instituto Butantan


Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom

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