Covid-19 é a segunda causa de morte em crianças no Brasil
Desde 20 de janeiro, o público de 6 a 17 anos pode ser imunizado com a Coronavac, a vacina do Butantan com a Sinovac

Covid-19 é a segunda causa de morte em crianças no Brasil

Dados são do Ministério da Saúde; público a partir de 5 anos já pode ser vacinado contra a doença

Desde o início da pandemia, em março de 2020, 1.449 crianças já morreram por conta da Covid-19 no Brasil. Essa é a segunda maior causa de morte infantil, atrás somente dos acidentes de trânsito, segundo informações do Ministério da Saúde. No último dia 14 de janeiro, foi autorizado que crianças de 5 a 11 anos sejam imunizadas com a Pfizer pediátrica. E desde 20 de janeiro, foi liberada a imunização do público de 6 a 17 anos com a Coronavac, a vacina do Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac.

De acordo com o Instituto Butantan, com a vacinação da faixa adulta, as crianças se tornam a população mais vulnerável ao coronavírus. Além de estarem mais expostas, elas passam a ser vetores de transmissão. Quanto mais o vírus se espalha, mesmo em casos leves, maior a chance de surgir novas variantes. 

Além da alta taxa de óbitos confirmados, foram mais de 2.400 casos de síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica associada ao vírus pandêmico. Por isso, é tão importante a decisão tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de liberar a Coronavac para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, ressalta o instituto.

O instituto alerta que a autorização para o uso emergencial da Coronavac no público infantil só foi possível pelo perfil de segurança da vacina. O imunizante é feito com a tecnologia de vírus inativado – uma das mais tradicionais e estudadas –, usada em diversas outras vacinas para crianças. A dose aplicada em crianças é a mesma usada em adultos, com intervalo de 28 dias. 

Só na China, mais de 140 milhões de crianças de 3 a 11 anos receberam a Coronavac. El Salvador, Equador, Chile, Colômbia, Camboja, Indonésia e Hong Kong; também foram alguns dos países quem investiram na vacina com a farmacêutica chinesa.  

*Com informações de pesquisa do Instituto Butantan 

 


Foto: Luan Porto (Arquivo Revide)

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