Entidades empresariais de RP concordam com retorno gradual, mas pedem que seja antecipado
Grupos que representam os empresários de Ribeirão Preto querem afrouxamento no isolamento social
Mais uma vez, as entidades que representam os empresários em Ribeirão Preto não concordaram integralmente com as medidas de isolamento social propostas pela Prefeitura. Após a divulgação do decreto que amplia o estado de calamidade pública na cidade, Associação Comercial e Industrial (Acirp), o Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto (Sincovarp) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) emitiram notas contestando a decisão.
A Prefeitura de Ribeirão Preto decidiu seguir a decisão do Governo do Estado de São Paulo e ampliar o período de quarentena por conta do novo coronavírus –que por decreto municipal terminaria nesta segunda-feira, 27– até o dia 10 de maio. Alguns serviços, contudo, permanecerão fechados até junho.
"A entidade é intransigente quanto à preservação das vidas e, até por isso, defende uma retomada responsável, segura e gradual das atividades econômicas de forma que nossa sociedade, principalmente sua parcela mais carente, possa manter condições mínimas de sobrevivência", escreveu a Acirp.
A Associação criticou as medidas dos governos Municipal, Estadual e Federal para mitigação dos efeitos da crise, tanto para empresas quanto para a população desassistida. "É urgente a retomada ainda que mínima da geração de renda", acrescentou.
Ainda de acordo com a Acirp, a medida de prorrogar a quarentena na cidade seria um exemplo de "falta de sintonia" dos governantes com a necessidade "real de harmonizar a preservação da vida com a manutenção de mínimas condições para a manutenção da economia".
Já o Sincovarp e a CDL, em nota conjunta, argumentaram que, como o crescimento do número de casos em Ribeirão Preto apresenta um crescimento linear e não exponencial, seria possível antecipar a abertura de todo comércio varejista e do setor de serviços para dia 11 de maio.
"Seria possível uma retomada das atividades econômicas na cidade, entre elas a reabertura do comércio varejista, seguindo rigorosamente as regras sanitárias determinadas pelas autoridades em saúde", escreveram na nota.
Apesar de discordarem de trechos do decreto, as entidades aconselharam os empresários sobre a necessidade de se adotar medidas sanitárias rigorosas para que novos períodos de quarentena não sejam necessários. "O número de casos de Covid 19, em Ribeirão Preto, não pode ter crescimento exponencial. E a taxa de ocupação de leitos de UTI para internação de pacientes com casos graves de Coronavírus não pode ultrapassar o limite aceitável pelos protocolos de combate à doença. Senão a quarentena pode voltar", declarou.
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Foto: Arquivo Revide
