Gânglios inchados também podem ser uma reação da vacina contra a Covid-19
Foto divulgação

Gânglios inchados também podem ser uma reação da vacina contra a Covid-19

O inchaço dos gânglios na região da axila causado pela vacina, pode ser confundido com sintomas de câncer de mama

Devido os efeitos causados pela vacina contra a Covid-19, algumas mamografias podem trazer preocupação em algumas mulheres. Foi observado durante a vacinação que algumas pessoas apresentaram sintomas como, febre, mal-estar ou dor de cabeça devido à formação do anticorpo no organismo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a formação de um “caroço” na região da axila também pode ocorrer.

São conhecidos como linfonodos, órgãos que fazem parte do sistema linfático responsável por proteger o corpo contra doenças. Ao receber o antígeno da vacina, o organismo prepara uma resposta imune, e devido a isso, os linfonodos incham. No entanto, nas mamografias realizadas nas mulheres, o aumento dos gânglios na região da axila pode ser confundido com sintomas de câncer de mama. 

“Em algumas vacinas contra a covid-19 foi observado um aumento mais acentuado desses linfonodos exatamente do lado onde a pessoa recebeu a dose. Isso pode ocorrer com qualquer vacina, mas foi observado com uma frequência maior nas vacinas contra covid-19”, explica Claudia França Cavalcanti Valente, membro do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). 

Por se tratar de um processo inflamatório, o inchaço dos linfonodos pode ocorrer com qualquer pessoa. Segundo Vilmar Marques de Oliveira, mastologia e presidente da SBM, “chamamos de linfonodo reacional, pois ele reage ao processo inflamatório, seja por uma vacina ou por uma infecção verdadeira, como a gripe”.  

O aumento dos Gânglios não é um sinal de câncer de mama 

“As sociedades médicas — radiologistas e ginecológicas — já estão organizando protocolos. Um deles é saber se essa mulher já recebeu a vacina contra covid-19, a data e em qual lado ela tomou o imunizante. Isso, é para poder correlacionar com a imagem que foi encontrada no exame de rotina e fazer um rastreio do câncer de mama ou não”, explica a médica da Asbai.   

O tempo que o linfonodo leva para voltar ao normal, podendo às vezes não voltar, varia de pessoa para pessoa. Por isso, o ideal após o surgimento, seja ele devido a vacinação ou não, é procurar um médico especialista para um melhor diagnóstico.  

*Com a colaboração de Susanna Nazar, informações do site da Sociedade Brasileira de Mastologia e supervisão de Raissa Scheffer.          


Foto: Sociedade Brasileira de Mastologia

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