Governo de São Paulo divulga calendário para terceira dose da vacina contra Covid-19 
Coletiva de imprensa do governo de São Paulo nesta quarta-feira, 1, atualizou o calendário de vacinação no Estado

Governo de São Paulo divulga calendário para terceira dose da vacina contra Covid-19 

Dose adicional começa a ser aplicada na próxima segunda-feira, 6, até o dia 10 de outubro

O governador João Doria (PSDB) anunciou, nesta quarta-feira, 1º, o calendário de aplicação da terceira dose da vacina contra Covid-19 para idosos com mais de 60 anos e pessoas imunossuprimidas. A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa do Governo de São Paulo no Palácio dos Bandeirantes.

Segundo o governador, a dose adicional será administrada entre os meses de setembro e outubro e a expectativa é que cerca de 7 milhões de pessoas recebam o imunizante no Estado. “A partir da próxima segunda-feira, 6 de setembro, o Estado de São Paulo inicia a aplicação de uma dose adicional da vacina para pessoas acima de 60 anos e também em todos os imunossuprimidos maiores de 18 anos de idade. A vacinação de quem tem entre 60 e 69 anos é fundamentada na decisão do nosso Comitê Científico. No total, receberão doses adicionais, sete milhões e 200 mil pessoas”, declarou Doria.

Durante a primeira fase da dose adicional, idosos com mais de 60 anos e pessoas imunossuprimidas com mais de 18 anos receberão a terceira dose das vacinas contra Covid-19, entre os dias 6 de setembro e 10 de outubro, segundo o calendário atualizado na coletiva. 

Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Regiane de Paula, os primeiros a receber a terceira dose serão os idosos com mais de 60 anos que tomaram a segunda dose há seis meses, enquanto o público de imunossuprimidos com mais de 18 anos recebem a dose de reforço 28 dias após terem recebido a segunda dose.

Projeto S 

Na coletiva desta quarta, o doutor Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, comentou a próxima fase da vacinação em massa no município de Serrana, a partir da próxima segunda-feira, 6 de setembro, quando cerca de 5 mil idosos com 60 anos ou mais receberão a terceira dose da CoronaVac.

Entre fevereiro e abril, Serrana abrigou o Projeto S, estudo do Instituto Butantan de vacinação em massa de toda a população adulta da cidade. Ao fim do projeto, a pesquisa registrou queda de 95% nas mortes, 86% de internações e 80% em casos sintomáticos de Covid-19 na cidade.

“O Projeto S foi inovador em termos de análise de efetividade vacinal em grande escala. Um estudo clínico escalonado que deu resultados extremamente importantes. Serrana é um verdadeiro laboratório epidemiológico e isso vai permitir o acompanhamento de uma possível ameaça representada pela variante delta”, disse o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.

Ribeirão Preto

Para que a vacinação de qualquer grupo tenha início em Ribeirão Preto, a Prefeitura depende da liberação das doses pelo governo estadual. A complexidade logística de distribuição das vacinas envolve a união, estados e municípios: primeiro o governo federal encaminha os imunizantes para o governo estadual e só depois o governador pode direcionar as doses para os municípios. De acordo com a Prefeitura, nenhum município tem autonomia para redirecionar as vacinas. Quando elas chegam, cada lote já vem direcionado para o grupo ao qual elas se destinam.

Valdes Roberto Bollela, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, explica que a terceira dose da vacina estimula novamente o sistema imune, para que ele potencialize os efeitos das duas primeiras doses. "Com esse reforço da vacina a defesa é amplificada, aumentando as chances de proteção do indivíduo e diminuindo as chances dessa pessoas ter as formas graves da doença", comentou. Segundo o professor, as doses de reforço são comuns em diversas vacinas, para diferentes doenças. “A gente estimula de novo o sistema imune para que ele fique cada vez mais fortalecido para combater a infecção pelo vírus que ainda circula", completou.

Brasil

Por parte do governo federal, o Ministério da Saúde informou que iniciará, a partir da segunda quinzena de setembro, a aplicação da dose de reforço em todos os indivíduos imunossuprimidos, após 28 dias da segunda aplicação, e para as pessoas acima de 70 anos vacinados há 6 meses. A decisão foi tomada de forma conjunta após uma reunião da pasta com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e a Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 (Cetai).

Segundo o ministério, a imunização deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer ou, de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral Janssen ou AstraZeneca. Também foi decidido, durante a reunião, que haverá redução do intervalo entre as doses da Pfizer e AstraZeneca, de 12 para 8 semanas.

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Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo 

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