Governo de São Paulo receberá 120 mil doses da Coronavac até dia 20 de novembro
Aplicação das doses que chegarão ao Estado depende agora da Anvisa

Governo de São Paulo receberá 120 mil doses da Coronavac até dia 20 de novembro

Em entrevista coletiva, foi anunciado que fábrica para a produção do imunizante no estado já começou a ser construída

Na fase 3 de testes, que ainda não tem data para terminar, a Coronavac para aplicação começa a começa a chegar no Estado de São Paulo. Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, o governador João Doria (PSDB) e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas falaram sobre a chegada do primeiro lote do imunizante, que deve ocorre até o dia 20 deste mês, com 120 mil doses.  

Segundo o governador, até o dia 30 de dezembro, são esperadas um total de 6 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus. 

Já a aplicação das doses depende de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que ainda não ocorreu. Caso a vacina seja reprovada pela agência, as doses não poderão ser aplicadas. "A Anvisa já havia autorizado [a importação]", disse Doria. "Agora, autoridades sanitárias da China deram autorização para importação pelo Butatan." 

As vacinas fazem parte das 46 milhões de doses compradas pelo Governo de São Paulo.

A Coronavac, desenvolvida pela parceria do Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac Life Science, está sendo testada em 13 mil voluntários de 7 estados brasileiros, mais o Distrito Federal. Em Ribeirão Preto, são 500 voluntários recendo as doses. O estudo de fase III coordenado pelo Instituto Butantan já conta com mais de 9 mil participantes vacinados, todos profissionais da saúde na linha de frente no combate ao coronavírus.

Na última semana o Governador João Doria e o diretor do Butantan, Dimas Covas, confirmaram a criação de seis novos centros de pesquisa, totalizando 22, para a ampliação da testagem, o que permitirá a celeridade do processo de comprovação da eficácia da CoronaVac.

Armazenamento e fabricação

Essas primeiras 6 milhões de doses que chegarão prontas da China vão ficar armazenadas sob responsabilidade do Instituto Butantan, mas não foi informado o local, por segurança. O restante das vacinas terá fabricação em São Paulo, após o recebimento de insumos.

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, declarou que o primeiro lote de matéria-prima deve chegar em 27 de novembro e a produção começará 48 horas depois. O carregamento será suficiente para fabricar 1,2 milhão de vacinas. A aquisição das 46 milhões de vacinas custou US$ 90 milhões (cerca de R$ 479 milhões).

Também foi anunciado que as obras de uma fábrica para a produção da Coronavac já começaram, e terá capacidade de produzir 100 milhões de doses. A instalação, com cerca de 10 mil m², já existia e está sendo remodulada. A previsão de conclusão das obras é setembro de 2021, com um custo de R$ 160 milhões. Já foram arrecadados até o momento R$ 130 milhões com doações de 24 empresas dos mais diversos setores da economia. As doações estão sendo coordenadas pela organização social Comunitas, com o apoio da Invest-SP.

“A construção desta nova fábrica é um passo muito importante no enfrentamento da pandemia no Brasil e no mundo e consolida o Instituto Butantan como uma liderança mundial em desenvolvimento e inovação tecnológica na área da saúde” destacou Dimas Covas.

 


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