Coronavírus: HC de Ribeirão concentra testes em profissionais de saúde e pacientes internados
HC, que deve receber certificado para testagem, ainda não tem condições de fazer testes em larga escala

Coronavírus: HC de Ribeirão concentra testes em profissionais de saúde e pacientes internados

Médico que atendeu paciente com covid-19 testou positivo e está afastado

O Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, que vai receber a certificação do Instituto Aldofo Lutz para realizar testagem do novo coronavírus, concentra testes em profissionais da saúde e pacientes internados em estado grave.

Segundo o diretor de Atenção à Saúde do HC de Ribeirão Preto, Antônio Pazin Filho, disse nesta quinta-feira, 26, em entrevista coletiva na Prefeitura de Ribeirão Preto, ainda não há condições de fazer os testes em larga escala populacional, por isso, a prioridade nas testagens são os pacientes graves que estão internados –como era o caso do homem de 36 anos que morreu na madrugada desta quinta– e os profissionais da saúde. “Cada dia estamos em uma batalha para ofertar melhores condições e, até o momento, nós estamos vencendo”, disse. Ainda segundo o diretor, há um esforço conjunto para a ampliação desses testes. 

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Ainda segundo Pazin, um médico que teve contato com esse paciente também testou positivo para o novo coronavírus e foi afastado. O paciente de 36 anos, que era de Ribeirão Preto e estava internado no HC, tinha câncer nos ossos, mieloma múltiplo e insuficiência renal. Detalhes sobre o paciente e há quanto tempo ele estava internado no hospital não foram divulgados por conta da ética médica. Mas, segundo Pazin, a internação já era prolongada e o homem estava com comorbidades em tratamento, com processo grave. Portanto, ele era considerado grupo de risco para a covid-19.

“Esse caso ilustra o impacto das comorbidades em uma situação de pandemia. Por isso, temos de preparar o serviço de saúde para os casos mais graves. Esses pacientes podem ter uma chance maior de mortalidade sim”, disse durante a coletiva.

Pazin também explicou que esse paciente estava em uma área separada de terapia intensiva do hospital. Outros dois pacientes, que estavam em estado grave nessa área de isolamento, também morreram, mas testaram negativo para o novo coronavírus. “Quando identificamos esses casos, tomamos as precauções e fazemos essas ações de vigilância epidemiológica, afastamos para que pessoas que tenham chance de covid-19 não tenham contato com outros pacientes.” Pazin disse que essa área exclusiva pode chegar a ter até 14 leitos.

“Estamos diante de duas epidemias: a do coronavírus e a de pânico, de medo do coronavírus. Nós precisamos acalmar os ânimos de todo mundo. As fake news não auxiliam a população. É preciso buscar informações confiáveis. Todos devem estar preparados para os piores cenários, mas, nós esperamos que as medidas que estão sendo tomadas evitem isso. Nossos sistemas estão funcionando até o momento.”


Foto: Pixabay (Imagem ilustrativa)

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