Instituto Butantan e HC de Ribeirão Preto iniciam os testes clínicos da ButanVac
A primeira etapa do estudo envolve 418 voluntários e avaliará a segurança e qualidade da dose aplicada
O Instituto Butantan e o Hemocentro do Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto iniciaram na manhã desta sexta-feira, 9, os testes clínicos da vacina ButanVac. A cerimônia contou com a presença do governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), do prefeito Nogueira Duarte (PSDB), e do presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, que acompanharam o início dos testes nos primeiros voluntários.
Esses testes foram autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última quarta-feira, 7. No total, o estudo contará com três etapas: A, B e C. A etapa A contará com 418 voluntários e avaliará a segurança e qualidade da dose que será aplicada, como argumenta Dimas Covas. "Estamos testando três doses, 1 micrograma, 2 microgramas e 3 microgramas. A medida que progredirmos com o estudo, vamos decidir qual é a vacina. Torcemos para que a melhor resposta seja com 1 micrograma, porque assim teremos muitas vacinas disponíveis, mas de qualquer forma estamos com nosso sistema de produção preparado para qualquer que seja a dosagem".
Nas etapas B e C, o imunizante será testado em cinco mil voluntários, dentre eles, os que foram vacinados com outras vacinas, os que tiveram Covid-19, os que não foram vacinados e os que não tiveram a doença. Dessa forma, vai ser feita uma comparação imunológica entre o desempenho da nova vacina em relação às outras vacinas que estão sendo usadas e já possuem dados. Se a vacina se mostrar eficiente, será encaminhada para a Anvisa uma solicitação de autorização do uso emergencial do imunizante.
Segundo o Governo do Estado de São Paulo, a previsão é de que a pesquisa dure 17 semanas, mas o prazo pode ser alterado, de acordo com o avanço de cada uma das etapas.
ButanVac
A vacina ButanVac utiliza como vetor o vírus inativado da Doença de Newcastle, ele se desenvolve bem em ovos embrionados, permitindo eficiência produtiva na fabricação do imunizante. É a primeira vacina nacional desenvolvida para combater o coronavírus, além de ser de baixo custo e não depender da importação de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA).
"Ela custará 10 vezes menos do que a vacina mais cara que o Governo Federal adquiriu, e ela está abaixo da média do menor preço de vacina no mercado. Ou seja, uma economia dos recursos públicos e uma vantagem de agilizar a vacinação dos brasileiros", concluiu o governador João Dória durante o evento.
Foto: Luan Porto
