Pesquisa da USP Ribeirão avalia comportamento de pessoas com diabetes durante a pandemia
Outro alerta do professor foi para as mudanças provocadas pelo isolamento social com reflexos no controle da diabetes

Pesquisa da USP Ribeirão avalia comportamento de pessoas com diabetes durante a pandemia

Estudo, que precisa de voluntários, investiga como estão os cuidados desses pessoas, que fazem parte do grupo de risco para a Covid-19

Uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) e da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), ambas da USP, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) pretende ouvir 2 mil voluntários para entender como essas pessoas, que fazem parte do grupo de risco para a Covid-19, estão enfrentando a pandemia.

A ideia, de acordo com os cientistas, é verificar o grau de resiliência, de autocuidado, de orientações e as principais dificuldades encontradas pelo diabético neste período de isolamento social. Ao falar sobre a importância da participação da pessoa com diabetes nesta pesquisa, o professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e um dos idealizadores do projeto, Laercio Franco, garante que as informações sobre essas questões –o autocuidado, as dificuldades na obtenção de medicamentos, a realização de exames laboratoriais, o automonitoramento da glicemia e os acessos aos serviços de saúde– podem ajudar os profissionais de saúde a adequar “suas intervenções diante do atual cenário epidemiológico”. 

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O professor destaca ainda o fato do maior risco de desenvolvimento de formas graves da Covid-19 para alertar pessoas com diabetes quanto à interferência da infecção pelo novo coronavírus no controle metabólico do paciente, o que, segundo Franco, pode exigir alteração das doses do tratamento usual. Na relação diabetes x Covid-19, Franco lembra que as pessoas que tiveram Covid-19 podem sofrer alterações imunológicas, após a infecção, e apresentarem um risco maior de desenvolver diabete tipo 1, forma autoimune.

Outro alerta do professor foi para as mudanças provocadas pelo isolamento social com reflexos no controle da diabetes, como aumento do consumo de comidas e bebidas alcoólicas e da vida mais sedentária. 

Para participar da pesquisa, além de ter diabetes, o voluntário precisa ser maior de idade (18 anos ou mais) e responder, até dia 15 de outubro, próxima quinta-feira, 15, o questionário on-line que pode ser acessado aqui.

*Com informações do Jornal da USP / Robert Siqueira


Foto: Steve Buissinne por Pixabay

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