Ribeirão Preto recebe vistoria em escolas da rede municipal para volta às aulas
Retorno ocorre após derrubada de liminar que suspendia as aulas presenciais na rede municipal

Ribeirão Preto recebe vistoria em escolas da rede municipal para volta às aulas

Infectologistas avaliaram os ambientes e deram parecer positivo para o retorno

Com a autorização para o retorno às aulas presenciais, 132 escolas de Ribeirão Preto receberam vistorias com o intuito de proporcionar mais segurança aos alunos e professores. A Secretaria da Educação anunciará nos próximos dias como e quando será o retorno do presencial no município. O retorno ocorre porque, na terça-feira, 17, foi derrubada a liminar da Justiça do Trabalho que suspendia a volta às aulas na rede municipal.

Médicos infectologistas foram contratados pela Prefeitura para vistoriar e elaboraram laudos de cada uma das unidades escolares. Os documentos mostram resultados positivos de que as escolas possuem condições necessárias para o retorno às aulas, mas ainda precisam de pequenas adequações – como troca no formato das torneiras para evitar que muitos toquem no mesmo espaço, ajuste em estofados de cadeiras para facilitar a higienização e necessidade de adaptações em janelas e portas para melhor circulação de ar.

Liminar derrubada

O  desembargador Renato Henry Sant´anna, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, derrubou a liminar que suspendia o retorno das aulas presenciais na rede municipal de Ribeirão Preto, na terça-feira, 17.

O desembargador destacou que a mudança do cenário da pandemia, iniciando um declínio nos números no país e na cidade, devido a vacinação da população, possibilita a volta que deve ocorrer mediante observação de todos os protocolos a disseminação do vírus.

Antes da decisão do desembargador, a proposta era voltar com 50% dos alunos por sala no dia 30 de agosto para o ensino fundamental e 15 de setembro no ensino infantil. A Secretaria da Educação anunciará nos próximos dias como e quando será o retorno do presencial no município.  

Uma dose da vacina

No entanto, o Sindicato  defende que a volta deve acontecer somente com a vacinação completa – duas doses ou dose única – de todos os profissionais da educação.  Mesmo que avançada, em média 50 professores da rede municipal deixaram de se vacinar (por questões religiosas, pessoas e de saúde), segundo o secretário Felipe Elias Miguel.

Dados da Secretaria da Educação apontam que dois mil educadores ainda precisam tomar a segunda dose da Pfizer e AstraZeneca, o que deve ocorrer somente em setembro diante ao prazo atual dos imunizantes.

Mesmo assim, os infectologistas destacam que as vacinas da Pfizer e AstraZeneca, que foram aplicadas na maioria dos profissionais da educação de 18 a 47 anos, já demonstraram eficácia contra a infecção já na primeira dose – com cerca de 70%. É citado um estudo no Reino Unido com mais de 1 milhão de pessoas vacinas e disse que o intervalo de 12 semanas, adotado no Brasil, reforça a ideia de proteção logo na primeira aplicação.

No caso de Ribeirão Preto, o retorno presencial diante do atual cenário de vacinação dos educadores na cidade é seguro. Ainda de acordo com o profissional da saúde, a segunda dose jamais deve ser descartada, pois ela auxilia ainda mais no reforço contra a doença. Além disso, na volta às aulas, a recomendação é de que todos continuem seguindo os protocolos sanitários, como uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social.


Foto: Pixabay (foto ilustrativa)

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