Saúde não incluirá uso de hidroxicloroquina na rede pública de Ribeirão Preto

Saúde não incluirá uso de hidroxicloroquina na rede pública de Ribeirão Preto

Decisão foi tomada com base em estudos internacionais, mas não há proibição para que médicos prescrevam a droga

A Secretaria de Saúde de Ribeirão Preto informou que não incluirá, neste momento, a utilização de hidroxicloroquina na rede pública de Ribeirão Preto para pacientes do SUS para combater a Covid-19.

"Tendo em vista a grande repercussão na mídia em todo o país sobre a utilização da hidroxicloroquina na prevenção e tratamento precoce ao novo coronavírus (Covid-19), a Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto, em consenso com o Comitê Técnico de Enfrentamento à doença, não incluirá, neste momento, a sua utilização na rede pública de Ribeirão Preto para pacientes do SUS nas situações citadas, com base nos estudos científicos promovidos pelas instituições abaixo:

Universidade de Oxford
Nenhuma terapêutica ainda foi comprovada como eficaz no tratamento de doenças leves causadas por SARS-CoV-2. Nosso objetivo foi determinar se o tratamento precoce com hidroxicloroquina (HCQ) seria mais eficaz do que nenhum tratamento para pacientes ambulatoriais com Covid-19 leve.


National Library Of Medicine
Pacientes com lúpus eritematoso sistêmico em uso de hidroxicloroquina ou cloroquina desenvolvem COVID-19 grave com frequência semelhante a pacientes que não tomam antimaláricos: é necessário explorar os benefícios antitrombóticos da coagulopatia por COVID-19. Resposta a: 'Curso clínico de COVID-19 em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico em tratamento prolongado com hidroxicloroquina' por Carbillon et al.

The New England Journal of Medicine
A doença de coronavírus 2019 (Covid-19) ocorre após a exposição ao coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2). Para as pessoas expostas, o padrão de atendimento é observação e quarentena. Não se sabe se a hidroxicloroquina pode prevenir a infecção sintomática após a exposição à SARS-CoV-2.


A literatura científica, com estudos consistentes, não endossa a até o momento,  a prescrição de hidroxicloroquina para o tratamento da COVID-19 para casos leves e profilaxis. Parte dos trabalhos apontam ainda que, não houve ganho considerável na saúde dos pacientes com o uso da cloroquina", explicou a nota.

Contudo, a secretaria reforçou que, assim como recomenda o Ministério da Saúde, não há proibição para que médicos a prescrevam, com o consentimento do seus pacientes, sendo responsável por todos as consequência, o que já é inerente à profissão.


Foto: Pixabay (Imagem ilustrativa)c

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