Setor de serviços foi o que mais fechou vagas desde o início da pandemia, em Ribeirão
Com isolamento social, setor de serviços foi o que mais sofreu com o fechamento de vagas

Setor de serviços foi o que mais fechou vagas desde o início da pandemia, em Ribeirão

Segundo dados do Caged, nos últimos dois meses, foram 3.636 vagas fechadas na cidade somente setor

Desde o início da pandemia do novo coronavírus e da declaração do estado de calamidade em Ribeirão Preto, em março, o setor de serviços foi o que mais fechou postos de trabalho formal no município.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, foram 3.636 vagas encerradas. Somente no mês passado, foram 2.852 empregos extintos. 

Já o comércio é o segundo que mais fechou oportunidades nos últimos dois meses: 1.959 no total, sendo 1.519 somente em abril.

"A pandemia foi muito nociva para pequenos e médios negócios locais, que são responsáveis por uma parte significativa dos empregos da região. Com as restrições impostas pelas medidas de distanciamento social, muitas destas empresas tiveram seu fluxo de caixa comprometido, o que resultou em demissões. A tendência é que a demanda permaneça fraca por um longo período, mesmo após o fim das medidas de distanciamento social", diz o economista da Acirp, Gabriel Couto.

Ao todo, o mercado de trabalho fechou 6.389 vagas nos meses de março e abril. Já no primeiro bimestre do ano, haviam sido criados 1.662 postos de trabalho. No acumulado de 2020, já são 34.941 demissões e 30.214 contratações com carteira assinada, um saldo de 4.727 postos de trabalho formais fechados na cidade.

"O setor de serviços, incluindo o comércio, foi o mais afetado pela crise. Destacam-se neste grupo as atividades consideradas não-essenciais e que não possuem muitas alternativas ao atendimento presencial, como bares, academias e o setor de higiene e beleza. Ainda assim, mesmo setores que conseguiram se adaptar para continuar operando respeitando o distanciamento social têm sofrido impactos negativos, em maior ou menor escala", explica o economista. 

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Foto: Lidia Muradás

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