Taxa de ocupação de leitos na região de Ribeirão Preto se tornou a pior do estado

Taxa de ocupação de leitos na região de Ribeirão Preto se tornou a pior do estado

Nada muda nas 26 cidades da DRS XIII, que seguem com regras mais restritivas, sem abertura do comércio e serviços não essenciais na fase Vermelha

A região de Ribeirão Preto vai seguir na fase mais restritiva do plano de retomada econômica, segundo anunciou o Governo do Estado de São Paulo, que fará uma coletiva que no Palácio dos Bandeirantes, na capital.

A DRS XIII, que engloba 26 cidades da região, permanece na fase Vermelha do Plano São Paulo, e segue sem poder abrir o comércio e a prestação de serviços que não são considerados essenciais. A manutenção da restrição acontece por conta dos índices preocupantes relacionados à Covid-19 na região, como alta de casos, óbitos e ocupação de leitos.

Com isso, no momento, apenas quatro regiões permanecem na faixa vermelha: a de Ribeirão Preto, Araraquara, Araçatuba e Campinas. Ao todo, nove regiões apresentaram melhora. E 13 regiões não apresentaram melhora. 

Piorou

Desde o início do Plano São Paulo, um dos melhores indicadores da região de Ribeirão Preto era a taxa de ocupação de leitos. Contudo, com o avanço da doença, a ocupação de leitos na região se tornou a pior de todo estado, com 88%. O segundo lugar ficou com Franca, com 85% de ocupação. 

Já a oferta de leitos por 100 mil habitantes segue na faixa verde, porém longe das melhores. Ribeirão Preto possuí 15,7 leitos para cada 100 mil habitantes. O município de São Paulo, o primeiro do ranking, oferece 31,3 leitos. O pior da lista foi a região de Franca, com 7,1 leitos.

A média estadual é de 65% de ocupação em leitos de terapia intensiva, com aumento de um ponto percentual em relação à semana passada. A média de leitos de UTI para casos graves de coronavírus permanece em 20,2 vagas para cada cem mil habitantes.

Melhora parcial

Segundo dados do governo do Estado, Ribeirão Preto apresentou uma ligeira melhora no segmento "Evolução da epidemia" que engloba a variação de casos, internações e óbitos. No boletim passado, a região estava na faixa vermelha no número de casos e na laranja nos óbitos e internações. Agora, ela está na faixa amarela nos casos e internações e laranja em óbitos. Mesmo assim, a região segue na faixa vermelha.

Otimismo para quem avança

Para as cidades que avançaram, a nova classificação vale a partir da próxima segunda-feira, 13.  A etapa laranja permite funcionamento com 20% da capacidade de atendimento presencial em escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias. A abertura é restrita a quatro horas diárias, todos os dias, ou seis horas durante quatro dias e fechamento por outros três.

Para a etapa amarela, avançaram Baixada Santista, Registro e as sub-regiões Leste (Alto Tietê) e Oeste (Osasco) da Grande São Paulo. Todas as cidades destas áreas se juntam à capital e às sub-regiões Sudeste (ABC) e Sudoeste (Taboão da Serra) da região metropolitana e poderão seguir rígidos protocolos sanitários para reabrir bares, restaurantes, salões de beleza com 40% da capacidade, academias com 30% e expediente diário de até seis horas na próxima semana.

As regiões que permanecerem por 28 dias seguidos na etapa amarela também poderão reabrir, com limitações, espaços culturais como museus, bibliotecas, cinemas, teatros e salas de espetáculos. Se a estabilização da pandemia se mantiver até o final do mês, a capital e as sub-regiões do ABC e de Taboão da Serra poderão obter essa permissão no próximo dia 27.

As três próximas atualizações programadas do Plano São Paulo estão previstas para os dias 24 de julho e 7 e 21 de agosto. Os índices epidemiológicos e capacidade hospitalar são verificados semanalmente e, em caso de piora acentuada, pode haver regressão de fase em caráter extraordinário. Tal medida já foi adotada em 19 de junho, nas regiões de Registro e Marília, e em 3 de julho, na área de Campinas.

“O Plano São Paulo é uma ferramenta de abertura consciente da economia, a prioridade é o controle da doença e a obediência à saúde e à medicina. Preservar vidas é, foi e continuará a ser prioridade do Governo de São Paulo e de todos que têm responsabilidade em nosso estado. Iniciamos uma nova fase na luta contra a pandemia, que marca gradualmente e de forma segura o retorno à normalidade. Uma fase que resgata nossa esperança e alimenta nosso otimismo”, afirmou o governador João Doria (PSDB).
 

 


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