À sua maneira
Tony Nogueira revela detalhes da carreira, relações com a família e a experiência recente de participar do The Voice Brasil
Aos sete anos, Tony Nogueira começou os primeiros passos na música com aulas de piano. Influenciado pela avó Maria Helena, que era pianista, o garoto passeou pelas possibilidades que música oferecia e, antes dos dez anos, já tocava violão, cantava e arriscava as primeiras composições. No toca fitas do carro da mãe, Tony conheceu uma turma menos erudita, mas imensamente talentosa.
Ficou fascinado pelos grandes nomes do Rock, como The Beatles, Pink Floyd, Dire Straits e Queen. O encantamento pelo gênero fez com que ele se aprofundasse cada vez mais na música, passando pelos clássicos dos anos 1990, como Nirvana e Pearl Jam, e chegando aos anos 2000, com Linkin Park e Coldplay.
Os roqueiros brasileiros também tinham espaço na playlist: Legião Urbana, Cazuza, Paralamas do Sucesso e Capital Inicial são alguns dos exemplos. Influenciado por esses ídolos, Tony fez parte de várias bandas durante a adolescência e continuou compondo suas próprias canções.
Nascido em 21 de janeiro de 1995, Antônio Duarte Nogueira Neto é um artista talentoso, com pinta de galã e sobrenome poderoso em Ribeirão Preto. Filho do atual prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e neto de Antônio Duarte Nogueira, Tony não esconde o orgulho da família, mas preferiu trilhar o próprio caminho por uma estrada diferente. Diferente do pai, agrônomo de formação e político por genética, o filho manteve uma ligação estreita com a arte e se formou na faculdade de Jornalismo.
Em paralelo com o curso superior, ingressou em um curso na Escola de Atores Wolf Maya e se descobriu em uma nova área. Na estreia nos palcos, atuou no musical “Relaxa que é sexo”, dirigido por Wolf Maya. Lá, ele pode combinar suas habilidades artísticas, o canto e a atuação.
Na sequência, atuou em peças do diretor Jean Dandrah, até surgir a oportunidade de fazer um curso na Globo. Com a Trupe Cena, ele participou da peça “Agreste”, um texto de Newton Moreno e direção de Duda Maia. “Logo em seguida, fiz o teste para a Malhação e passei. Nessa época, eu já fazia shows profissionais em bares, restaurantes e festas”, conta Tony. Ele participou da temporada de 2019 “Toda forma de amor” e interpretou o personagem Cauã.
Apesar do distanciamento da carreira do pai, Tony tem semelhanças com o atual chefe do executivo municipal. A entonação de voz e a maneira pausada de falar, de resgatar fatos e números do passado o torna uma versão jovem e “descolada” do prefeito de Ribeirão Preto. Tony não nega a semelhança, diz que a influência do pai é evidente. Questionado se ele se enxergava na política, Tony não afastou a possibilidade.
“Eu falava que nunca iria me meter na política, mas, atualmente, eu não posso garantir com tanta segurança o futuro. No momento, a resposta ainda é não, mas não descarto totalmente a possibilidade”, explica.
The Voice
Tony Nogueira participou, no ano passado, da 11ª edição do The Voice, um reality show no qual grandes nomes da música brasileira treinam vozes promissoras e competem em equipes para revelar novos talentos. Porém, os jurados Lulu Santos, Gaby Amarantos, Iza e Michel Teló não viraram as cadeiras e Tony acabou eliminado. “A experiência de trabalhar no The Voice foi sensacional, apesar de não terem virado as cadeiras.
A experiência de vir para o Rio de Janeiro, conhecer os participantes, voltar ao Projac depois de alguns anos. E foi um grande teste para superar as adversidades do mundo artístico. Passamos por muita exposição e nervosismo. O artista tem que saber lidar com isso e não deixar que influencie negativamente no trabalho”, destaca. Apesar da eliminação, a reação da plateia rendeu risos dos jurados. Ao descer do palco, o público cantou o refrão da música “Ai se eu te pego”, de Teló, para Tony. A beleza do artista ribeirãopretano também gerou repercussão nas redes sociais.
Trabalhos atuais
Atualmente, Tony tem se dedicado à carreira musical ao lado da banda Rod Hanna. Há mais de 30 anos na estrada, o grupo musical de Ribeirão Preto é uma referência na disco music. Com a produção do grupo, o cantor lançou quatro versões covers, com videoclipes animados e com a ambientação oitentista. São versões de músicas das bandas Simple Minds, Tears for Fears, The Police e The Alan Parsons Project.
O grupo também produziu uma música autoral de Tony chamada “Bianca”. No momento desta entrevista, o músico estava no Rio de Janeiro para a gravação do videoclipe dessa canção.
Fotos: Divulgação/ Primoshoots Fotografia
