Açúcar Amargo, de Luiz Puntel, é relançado pela série Vaga-Lumes

Açúcar Amargo, de Luiz Puntel, é relançado pela série Vaga-Lumes

Em comemoração aos 50 anos da editora Ática, série ganha novo formato e volta às livrarias do país

Em 2015 a Editora Ática completa 50 anos e para celebrar a data relançou dez títulos da série Vaga-Lume. Dentre as obras que chegarão às livrarias em breve, está Açúcar Amargo, escrito por Luiz Puntel e lançado pela série em 1987. “Me senti honrado em saber que escolheram uma de minhas obras para integrar a lista de relançamentos. Até porque, parei de escrever há algum tempo e é muito bom ser lembrado”, comenta o escritor.

A série começou a ser lançada pela Editora Ática no início da década de 1970 com foco no fomento a formação de jovens leitores brasileiros. Puntel conta que os textos lançados pela série precisavam ser ágeis e pouco descritivos. “Os leitores precisavam ser conquistados logo na primeira página. Assim como a literatura disputa com jogos eletrônicos hoje, naquela época também disputava com as brincadeiras da época, que eram mais lúdicas e, de certa forma, a literatura também devia ser. Açúcar Amargo é quase um roteiro para cinema”, explica Puntel.

Os livros escritos por Puntel carregam sempre uma questão social. Açúcar Amargo foi inspirado pela greve de canavieiros que aconteceu em Guariba, em janeiro de 1985. 

(Mais livros de Luiz Puntel lançados pela Série Vaga-Lume podem ser encontrados aqui)
Outras obras

Outros títulos relançados são “A Aldeia Sagrada” de Francisco Marins, “Os Barcos de Papel” (José Maviael Monteiro), “Tonico” (José Rezende Filho), “O Feijão e o Sonho” (Orígenes Lessa), “Spharion” (Lúcia Machado de Almeida), “A Ilha Perdida” (Maria José Dupré), “A Turma da Rua Quinze” (Marçal Aquino), “Deu a Louca no Tempo” (Marcelo Duarte) e “O Escaravelho do Diabo” (Lúcia Machado de Almeida), que ainda em 2015 ganhará adaptação cinematográfica.

Paulo Verano, gerente editorial de Literatura e Paradidáticos da Ática, a editora buscou uma combinação de clássicos incontestáveis da Vaga-Lume, de autores que simbolizam a coleção e de autores contemporâneos que escreveram na Vaga-Lume no início de sua carreira.

Com formato mais moderno e capas com acabamento em verniz que brilham no escuro, as ilustrações originais das capas foram retrabalhadas e valorizadas dentro do novo projeto gráfico, o que deu aos livros um aspecto completamente novo mas que, ao mesmo tempo, remete às edições clássicas. "O mascote da série, o Luminoso, também foi reestilizado", diz Verano.

A previsão é de que mais títulos sejam reformulados em 2016 e 2017. "O volume de obras relançadas está em discussão, mas deve ficar em torno de 10 a 15 por ano", finaliza.

Revide on-line
Bruno Silva
Foto: Arquivo Revide

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