Ana Paula Maia participa de bate-papo na Feira do Livro
Foto: Letícia Agostinho

Ana Paula Maia participa de bate-papo na Feira do Livro

Autora de Desalma, da Rede Globo, contou sobre o processo de escrita de seus livros

Contando que começou a escrever já na faculdade, Ana Paula Maia não tinha o hábito de ler quando criança e adolescente. Seu foco era os filmes "estranhos", como ela mesmo diz, e a banda de rock que fazia parte, na qual tocava bateria. 


 

 

Seu gosto pelo obscuro foi influência da avó, que lhe contava histórias rurais de terror, e da mãe, que ficava responsável pelas histórias de terror urbano, mas sempre com fundo moral. 



 

Quando começou a ler, Ana Paula acreditava que apenas filosofia era literatura de verdade, abominava romances e achava que essa escrita não conversava com ela e que não acrescentava em nada. Com o tempo, ela entendeu que ler todos os gêneros era importante, se permitindo ler sempre o que gostava. "Gosto de falar sobre morte. Não da morte metafísica, mas da morte corporal, sobre os questionamentos que vai tendo ao longo da vida sobre essas questões", conta ela que sempre faz pesquisa de campo para seus processos de escrita, que duram entre 4 e 6 meses.



 

"Sempre é um prazer muito grande estar em Ribeirão, até porque o trabalho do escritor é muito solitário. Hoje a gente tem um feedback do leitor muito nas redes sociais, e ainda assim eu não sou uma pessoa muito ativa. Então, para mim, voltar a encontrar as pessoas, ver na feira, ver o rosto dos leitores, o brilho no olho, a descoberta… é sempre uma emoção fantástica. É um frio na barriga que não passa nunca", finalizou a escritora que autografou os livros dos fãs ao final do bate-papo. 

 

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